"Essa página é dedicada á todos aqueles que buscam a verdade , harmonia e o amor em suas vida por intermédio da Grande Mãe e seu Consorte".


Bençaõs dos Antigos!!
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Roda do Ano

A roda do ano é uma representação do ciclo anual da Terra. É chamado de "roda do ano", porque se você desenhou um círculo e fez todas as oito linhas se cruzam no centro, ele seria semelhante a uma roda de carroça. Cada ponto neste círculo representa uma progressão ou um evento como a passagem das estações. Assim, a roda de "gira" por assim dizer. Cada volta da roda é celebrada na Wicca e outras religiões também. Wiccans celebram cada volta da roda com algo chamado de sábado. Sabás são celebrações solares como Esbats são as celebrações lunares. Estamos a celebrar cada mudança de estação e cada ponto médio entre porque sentimos que estas voltas são importantes e cada um representa algo diferente. Se você der uma olhada no volante, quatro "raios" da roda são marcadas como solstício ou um equinócio ou de ser preguiçoso "mudanças de estação". Os outros quatro estão em entre as mudanças de estação, que são geralmente marcados com um plantio ou colheita. Para quebrá-lo ainda mais para baixo, existem quatro grandes Sabás e quatro menores. Os quatro maiores são os sábados-nos entre os equinócios Solstício /. E os quatro sábados, menores são os dois equinócios e os solstícios. Por tudo isso é tão importante para a Wicca? Bem, simplesmente porque estes momentos podem nos dizer quando é boa para plantar, quando é bom para a colheita. Será que devemos arrumar nossas roupas de inverno e sair uma peça de roupa? Não partimos para a frente os nossos relógios ou defini-los para trás? Achamos que é importante celebrar a cada volta, porque também representa a nossa própria vida também. A Terra passa por suas mudanças a cada temporada da mesma forma que passar através de nossas muda a cada temporada. A roda do ano também nos conta uma história de Deus e da Deusa e seu ciclo de vida. Agora é que vamos contar essa história e entrar em mais profundidade com os oito sábados. A Roda do Ano em nossa Vida
Uma das primeiras coisas que nos vem a mente quando falamos de praticar a Wicca é a celebração da Roda do Ano. Mas o que realmente isso significa? O que vem a ser celebrar os sabbats e esbats?
Celebrar a Roda do Ano é buscar sentir dentro de nós o que acontece na natureza; é aprender a respeitar o fluxo natural da Roda do Ano dentro de cada um de nós.
Somos afinal, além de parte da natureza, um microcosmo do Macrocosmo que ela é, assim, tudo que nela acontece deverá portanto acontecer em cada um de nós!

Nosso maior engano foi deixar de pensar no passar do tempo, na vida, como algo cíclico, circular, e colocar ambos, tempo e vida, numa linha reta. Nem a vida nem o tempo são retilíneos. Eles são circulares, uma espiral interminável que iniciou-se muito antes de nós e nunca terminará.

Todos nós, Wiccanos ou não, neo-pagãos ou não, vivenciamos a Primavera, o Verão, o Outono e o Inverno deste Grande Ciclo pelo menos uma vez em nossas vidas: todos somos crianças em nossa infância, nossa Primavera, adolescentes em nossa Juventude, o Verão, somos ou iremos ser adultos durante maturidade, Outono e seremos anciãos durante nossa velhice, nosso Inverno. Nossa vida inteira, deste modo, é um grande ciclo semelhante a Roda do Ano, em que vivenciamos as quatro grandes estações em nosso corpo.
Infelizmente somente uns poucos sabem aproveitar as lições que traz cada uma destas fases da vida, especialmente a última, a velhice.
E mais importante do que simplesmente conhecer a Roda do Ano, devemos aprender a senti-la, a pratica-la, a vive-la, voltando a nossa identidade ancestral.

Em seu aspecto mais conhecido, o anual, temos quatro estações: Primavera, Verão, Outono e Inverno, as quais se repetirão no ano seguinte como as voltas de uma mola, não como um fio esticado, igual a todo momento.
Aqui já vale um adendo: Para os celtas, que viviam na natureza e a compreendiam o ano se iniciava em Samhain, data considerada por eles como o fim do verão, da metade clara do ano que começava em Beltane.
Mas ai você pode perguntar - Mas o verão não começa em Litha? E o inverno em Yule?
- Sim! Para nós, que perdemos contato com a natureza quase completamente.
Pense bem: Como poderia a Metade Escura do ano começar quando os dias começam a ficar mais claros? E a Metade Clara quando as noites começam a crescer?
Para os celtas Litha era o meio do verão, e Yule, portanto, o meio do inverno.
Muito lógico, se considerarmos que o dia e a noite mais longos do ano estejam exatamente no meio do verão e do inverno, assim como que os equinócios, data em que os dias e as noites tem uma duração idêntica, sejam meios de estações da Primavera e do Outono ao invés de seus inícios.
Mas então quando começam realmente as estações do ano? - Você pode perguntar.
Vou responder esta pergunta com outra: - Por que você acha que quatro dos oito sabbats anuais são chamados Sabbats Maiores? Preciso dizer mais?

Vamos analisar então nossos oito sabbats:
Samhain: Fim e início do ano e começo do inverno para os celtas. Época em que a natureza começa a se recolher devido aos rigores climáticos. Para a Wicca é quando a Deusa, já próxima ao parto, está em seu aspecto mais sábio, de anciã, e o Deus Chifrudo, senhor da essência vida, fenece.
Note que no mesmo momento em que a vida some na natureza, o Deus morre e a Deusa está introspectiva, guardando energia para o parto
Yule Solstício de Inverno
Meio do inverno para os celtas. A noite mais longa do ano, quando os dias começam a crescer. Na tradição wiccana é o renascimento do Sol, quando o Deus, em sua forma de Criança da Promessa, renasce do ventre Deusa Mãe, que ainda se encontra inativa devido ao parto.
Veja que a Deusa fica inativa e o Deus nasce exatamente quando os antigos dependiam mais da carne dos abates e da caça, única coisa viva para se comer na floresta.
Brigantia,
BELTANE
celebrado em primeiro de maio ou na primeira lua cheia de touro. Também chamado de Dia da Donzela ou Dia de Maio. É primeiramente um ritual de fertilidade com encantamentos da natureza e oferendas para duendes e elementais. Os poderes dos elfos e fadas estão crescendo e alcançarão seus máximos no solstício de verão. É tempo de grande magia. É bom para todas as divinações e bom para fazer um jardim ou um campo sagrado. Os guardiões da casa devem ser homenageados neste festival.
SAMHAIN
hoje chamado de HALLOWEEN, era o final do ano celta. O ano novo começava realmente com o pôr do sol do dia 31 de outubro. O ritual era conhecido como A Noite dos Ancestrais ou Festa dos Mortos. Devido ao véu entre os mundos estar bem mais fino, esta noite era considerada uma boa noite para divinações. Festas eram feitas em lembrança aos ancestrais e em afirmação da continuação da vida. É tempo de ajustar problemas e jogar velhas idéias e influências fora. Comemorando, também, na primeira lua cheia de escorpião.
Imbolc ou Candlemans
Para os antigos era o início da Primavera. É quando a natureza já começa a se mostrar e os animais selvagens, antes raros, voltam a aparecer. Era também tempo do nascimento dos bezerros.
Para os wiccanos é um festival do fogo, do leite e da vitalidade da Terra, quando a Deusa começa a se recuperar do parto e o jovem Deus está crescendo. O leite, sagrado neste sabbat, leva o aspecto de vida que vem de dentro da Deusa, da Natureza, da mulher. Perceba que o aspecto religioso do sabbat se baseia no que está acontecendo na natureza.
Ostara ou Equinócio de Primavera
Era, no mundo antigo, o meio da Primavera. Na natureza é o renascer da vida na Terra, quando tudo começa a florescer e os animais selvagens se reproduzem.
Na Wicca é quando o Deus, já viril desperta seu interesse pela Deusa, agora já renovada e aparecendo como donzela fértil.
Beltane: Na tradição celta, assim como na natureza, é o início do verão, quando o Sol retorna, marcando o início das épocas férteis, estação do plantio, da metade mais clara e quente do ano.
Na tradição wiccana é quando acontece o Grande Rito, o Casamento Sagrado, quando a Deusa e o Deus se unem doando a Terra a energia de sua relação.
Litha ou Solstício de Verão
Era o meio do Verão celta. Na natureza é quando o Sol mostra todo seu poder, fim do reinado do Deus Carvalho e inicio do Deus Azevinho, que reinará até o Yule, fazendo com que o solo se torne fértil.
Para a Wicca é quando tanto a Deusa, agora em seu aspecto Mãe, como o Deus Chifrudo estão com maior poder, e a relação dos dois mostra seus frutos na natureza.
Lughnassadh ou Lammas
Inicio do Outono para os antigos. Na natureza é quando as plantas começam a secar.
Para o wiccano, nesta época o Deus, Senhor da Colheita, já está perdendo sua força, se sacrificando para que a colheita seja farta, pois dentro da Deusa já está a semente da Criança da Promessa.
Mabon ou Equinócio de Outono
Meio do Outono para os antigos. Na natureza é a época da última colheita do ano, o fim da fertilidade da Terra neste ciclo, quando a essência das arvores está em sua raiz, para que elas sobrevivam aos rigores do inverno que virá.
Na religião wiccana é quando a Deusa desce ao submundo, se recolhendo no ventre da Terra para guardar forças para o parto, enquanto o Deus chifrudo se prepara para morrer, para ceder seu trono ao Deus que está no ventre da Deusa.


Devemos seguir a Roda do Ano com as datas pelo Hemisfério Norte ou pelo
Hemisfério Sul?
Praticantes que adotam, para a comemoração de seus Sabbaths, datas do Hemisfério
Norte, normalmente alegam que, tendo sido a Europa o berço da bruxaria, ou
mesmo Wicca como conhecemos atualmente, com um maior número de praticantes e o

tradicionalismo das datas, estariam ligando-se a um egrégora * mais bem fundamentado
e poderoso.
Não quero aqui tirar a razão desse pensamento ocultista, mas, a meu ver,
seguindo os 13 princípios da bruxaria (conselho Gardneriano), em suas primeiras linhas,
seremos capazes de ler:
“Nós praticamos ritos para nos alinharmos ao ritmo natural das forças
vitais, marcados pelas fases da Lua e aos feriados sazonais.”
A troca de hemisférios demanda automaticamente a troca de estações, inverno
pelo verão, etc. Assim, em minha opinião prática, não conseguiria estar em pleno verão
rendendo graças ao inverno. Uma questão de escolha simples e ligada à energia. Se
praticamos ritos (Sabbaths e Esbbaths) para nos alinharmos ao ritmo natural (natureza,
estação) das forças vitais, como fazê-lo não estando exatamente na estação ligada ao
festival? Mas essa é uma opinião, respeito os que conseguem festejar um festival de
inverno estando sua área geográfica em pleno verão, eu apenas é que não conseguiria.

* Egrégora – A origem do termo EGRÉGORA é a mesma de “gregário”, do latim gragariu: que faz parte da grei, ou
seja, rebanho, congregação, sociedade, conjunto de pessoas. No plano da espiritualidade, usa-se o nome egrégora para
designar um grupo vibracional, um campo de energia sutil em que congregamos forças, pensamentos ou vibrações.

SULISTAS

Motivos para comemorar pelo Hem. Sul:
- Se seguem as estações do ano, o estado da natureza .
- é o correto porque o decorrer das estações é a respíração da Deusa
e só o que está havendo com as energias telúricas faz com que @
bruxa@ possa realizar rituais seguindo a proposta primeira da wicca,
que é a religação com a natureza.

Vantagens de comemorar pelo Sul:
-a celebração dos equinócios e solstícios não gera conflitos com o
que está havendo na natureza;
- se forma uma egregóra própria da wicca no hemisfério sul,
totalmente desvinculada das comemorações cristãs.

Desvantagens de comemorar pelo Sul:
- SE enfrenta a força da egrégora ancestral, de 80.000 anos,
especialmente nas datas dos grandes sabbats ( Samhain, Beltane,
Imbolc e Lammas)
- mesmo a comemoração pelas datas do hemisfério sul não retrata a
realidade da natureza no Brasil. A Roda foi composta para uma
natureza onde há um só plantio e uma só colheita, o que jamais ocorre
em nosso país onde há 3 grandes colheitas ao ano.Além disso, no
inverno não há a morte total da natureza, o sol não desaparece, como
na Europa , onde se originou a mitologia da Roda.

NORTISTAS

Motivos para comemorar pelo hemisfério norte:
- Celebra-se a egrégora ancestral;
-A Roda do Ano, como comprova sua correspondência astrológica, não se
refere a um ou outro hemisfério, mas é universal;
- Se comemora o que o povo brasileiro está fazendo na mesma época (
se come ovo de Ostara em Março, se faz árvore de Yule em Dezembro) e
não há desconexão com a realidade que nos cerca;

Vantagens de comemorar pelo Norte:
- Se segue o que a wicca está fazendo na maior parte do mundo, há
união de energias em uma só direção;
- Se é apoiado pela força de uma egrégora ancestral de cerca de
80.000 anos;
-Se segue a realidade social brasileira ( as festividades - pascoa,
natal, etc, não são exclusivamente cristãs, são do povo brasileiro
como um todo)
- Muitas vezes se encontra coincidencia com a agricultura do Brasil (
por exemplo, a grande colheita de milho se faz na época de Litha -
festas juninas, coerente com a Roda originária).

Desvantagens de comemorar pelo norte:
- Celebrar solstícios e equiníocios em datas invertidas - verão no
inverno e vice versa, primavera no outono e vice-versa.

RODA MISTA

Motivos para comemorar sabbats menores pelo sul e maiores pelo norte:
- Respeitar tanto a egrégora ancestral quanto a conexão com a
natureza do Brasil

Vantagens:
- Não se enfrenta a energia da egrégora milenar, como fazendo a roda
pelo sul, nem se comemoram as estações invertidas.

Desvantagens:
- A celebração da Roda passa a ser salteada ( por exemplo, Imbolc é
em fevereiro, mas em março se comemora Mabon), o que faz com que não
haja continuidade da história da Deusa e do Deus, a Roda deixa de ter
um caráter circular, contínuo.



Samhain
Hemisfério Norte (31/10) e Hemisfério Sul (30/04)

Samhaim

Este é o mais importante de todos os festivais, pois, dentro do círculo, marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram. As bruxas não fazem rituais para receber mensagens dos mortos e muito menos para incorporar espíritos. O sentido do Halloween é nos sintonizarmos com os que já partiram para lhes enviar mensagens de amor e harmonia. A noite do Samhain (pronuncia-se souen) é uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponche, bolos e doces. A cor do sabá é o negro, sendo o altar adornado com maçã, o símbolo da vida eterna. O vinho é substituído pela sidra ou pelo suco de maçã. deve-se fazer muita brincadeiras com dança e música. Os nomes das pessoas que já se foram são queimados no caldeirão, mas nunca com uma conotação de tristeza!
No altar e nos quadrantes não devem faltar as tradicionais máscaras de abóbora com velas dentro. Antigamente, as pessoas colocavam essas abóboras na janela para espantar os maus espíritos e os duendes que vagavam pelas noites do Samhain. Essa palavra significa "sem luz", pois, nessa noite, o Deus morreu e o mundo mergulha na escuridão. A Deusa vai ao Mundo das Sombras em busca do seu amado, que está esperando para nascer. Eles se amam, e, desse amor, a semente da luz espera no Útero da Mãe para renascer no próximo Solstício de Inverno como a Criança da Promessa
Samhaim é um festival celta que celebra a morte e o ciclo da vida. Honramos nossos ancestrais.
Ainda não é inverno, já não é mais verão. Samhaim é um período do tempo que está "entre os mundos". É quando o véu que nos separa de outras dimensões está fino, facilitando a nossa comunicação com nossos ancestrais que já partiram. É considerado o Ano Novo das bruxas e bruxos.
Samhaim é o oposto de Beltane, e quando se inicia o inverno. Mais do que isso, para os celtas Samhaim era o início do próprio ano, o momento misterioso que não pertencia nem ao passado, nem ao presente, nem a este mundo, nem ao outro.
Samhaim (pronuncia-se "sôu-en" ou "sôu-ín") significa "mês de novembro" em gaélico-irlandês. É celebrado no dia 1º de novembro. As celebrações deste festival duram três dias, começando na véspera (noite de 31 de outubro) e indo até o dia 2 de novembro.
Samhaim era um tempo de propiciação, adivinhação e comunhão com os mortos, mas também uma festa desinibida onde se comia e se bebia, mostrando a face desafiadora e fértil da vida à própria face da escuridão.
O aspecto divinatório de Samhaim é compreensível por duas razões: pelo clima psíquico da estação e pela ansiedade a respeito do inverno que estava chegando. Com o tempo, foi-se tornando algo extremamente pessoal, onde diversas moças realizavam "simpatias" para descobrir quem seria o seu marido, por exemplo. No entanto, entre os sacerdotes e sacerdotisas, o antigo costume jamais foi perdido.

Samhaim, como os outros festivais pagãos, estava tão profundamente enraizado entre o povo que o cristianismo teve que tentar se apoderar dele. O aspecto da comunhão com os mortos e com outros espíritos foi cristianizado como o "Dia de Todos os Santos", transferido de sua data original (13 de maio) para 1º de novembro e estendido à toda a Igreja pelo Papa Gregório IV em 834. Mas suas raízes pagãs permaneceram vivas, obviamente, e a Reforma inglesa asboliu o Dia de Todos os Santos, que só retornou formalmente em 1928 na Inglaterra.
Há celebrações semelhantes à Samhaim em outras culturas também, como a grega e a italiana.
O difícil de se celebrar Samhaim em pleno século XXI é a popularização da festa conhecida como Halloween. Quem celebra a Roda do Ano pelo hemisfério sul celebra o festival em maio, enquanto aqueles que apenas se divertem em outubro mal sabe o que pode estar acontecendo.
É complicado porque muitas de nós somos mães e temos filhos querendo se divertir a qualquer oportunidade de festas. A sugestão é celebrar em maio com seu coven, ou sozinha, ou com seu parceiro, mas não ignorar (nem haveria como) a festa realizada no dia 31 de outubro. Se puder, faça uma festa para as crianças. Todas vão adorar, e você ainda pode se conectar às bruxas irmãs que estão celebrando Samhaim no hemisfério norte.
Sugerimos aqui alguns rituais e práticas para praticantes solitários, pois os covens já têm a sua tradição e práticas fixas, não necessitando de modelos para se basear.
Alguns costumes de Samhaim
Listamos nesta página alguns costumes tradicionais deste sabbat. Todos os exemplos foram retirados de diversas fontes, algumas inclusive desconhecidas. se você conhecer a autoria de alguns deles, entre em contato conosco.
Uma das tradições mais comuns praticadas pelos povos antigos era a de colocar várias maçãs em um grande barril com água. Várias mulheres se reuniam em volta do barril, e a primeira que conseguisse pegar uma das maçãs seria a primeira a se casar no próximo ano.
- Na Escócia, colocavam-se pedras entre as cinzas da lareira, deixando-as "descansar" durante a noite. Se alguma pedra fosse descoberta durante a noite, representaria a morte iminente durante o próximo ano de um dos moradores da residência.
O costume norte-americano de vestir-se com trajes típicos e sair pelas casas dizendo "travessuras ou gostosuras" é de origem céltica. Nos tempos antigos, o costume não era relegado às crianças, mas sim aos adultos. Em tempos ancestrais, os vagantes iam cantando cânticos da época de casa em casa e eram presenteados com agrados pelos seus habitantes. O presente também era requerido pelos espíritos ancestrais nessa noite através de oferendas.
Antigamente, todas as safras deveriam ser colhidas até o dia 31 de outubro e qualquer coisa que não fosse colhida era abandonada, pois acreditava-se que o Pooka, um duende noturno que mudava de forma e que tinha grande prazer em atormentar os seres humanos, passava a noite de Samhaim destruindo ou contaminando tudo o que fora deixado sem ser colhido. O disfarce favorito do pooka parece ter sido a forma de um feio cavalo preto.
Na Escócia e no País de Gales, fogueiras individuais eram acesas. Eram chamadas de Samhnagan, na Escócia, e Coel Coeth, em Gales, e eram construídas com a antecipação de dias no terreno mais elevado próximo da casa. O hábito das fogueiras de Halloween sobreviveu também na Ilha de Man.
Samhain (pronuncia-se SOUEN) marca tanto o fim como o início de um novo
ano. É a festividade que se comemora o Dia dos Mortos.
Samhain é também conhecido sob o nome de Festa dos Mortos ou Festa das
Maçãs. Era a festa céltica dos mortos, venerando o Senhor Ariano da Morte, Samana (os
celtas chamavam-lhe vigília de Saman). Tem sua representatividade no inverno com a
chegada da fome, frio, tempestades. No hemisfério norte, a neve trazia a morte das
plantas, o fim das colheitas que ainda restassem. Assim, o homem aprendeu que era
necessário manter provisões para essa época do ano. É a noite em que a tênue linha
entre o mundo dos “vivos” e dos que já partiram fica mais frágil. Como a reencarnação
é um dogma da religião Wicca, não é uma data de tristeza pelos que já cruzaram a ponte
do Summerland (o paraíso Wiccaniano), é apenas um reconhecimento do fato inevitável
de que, se nascemos, um dia morreremos. É nessa noite em que o Deus tem sua Morte
simbólica (lembremo-nos do inverno em que o sol fica menos aparente). Na Roda do
Ano, Samhain marca o início da estação da morte: o inverno. A Deusa da Agricultura
abdica de seu poder sobre a Terra em favor do Deus Cornífero da Caça. Os campos
férteis do verão cedem o lugar às florestas nuas e brancas da neve.
Para celebrar Samhain, eram acessas fogueiras nos sidh, * ou colinas encantadas,
nas quais os espíritos residiam. Ali moravam os espíritos dos ancestrais e deuses
vencidos nos períodos mais remotos da história e da mitologia.
Alguns Wiccanianos acabam por confundir Samhain como uma criação cristã, a
festa de Halloween, o que a meu ver é um grande erro. O Halloween não é, e jamais foi,
uma prática dos seguidores das doutrinas pagãs ou mesmo neopagãs.
A expressão Halloween é criada da contração (feita de maneira errada) da
expressão “All Hallows Eve”, que significa no idioma inglês Dia de Todos os Santos, e
corresponde ao dia Primeiro de Novembro, que no catolicismo é o dia de reverência aos
Santos Mortos. É certo que no Século V a.C., na região denominada de Irlanda Céltica,
o verão terminava oficialmente no dia 31 de outubro com uma comemoração

(SAMHAIN) que traduzia o significado agrícola do fim dos dias de Sol, o início de um
ano novo e mais, a Morte abstrata de nossa deidade masculina para seu mergulho no
ventre da Mãe, propiciando assim, o início de mais um ano.
Fato é que a nova religião tentava se firmar por meio de conversões, sentindo-se
ameaçada em seus intuitos de prosetilismo, a exemplo de outras festividades pagãs
anteriormente plagiadas, adota essa mesma data como forma de manutenção (mesmo
que deturpada) dos costumes antigos e posteriormente ridicularizava nossos costumes
com a inserção de práticas de misticismo a eles. Cabe-nos ainda ressaltar que, mesmo o
costume do Jack O’Lantern (abóbora com a figura macabra recortada) é permeado de
bases profundamente cristãs com uma história que envolve conceitos como PECADO,
CÉU e INFERNO, conceitos que não encontravam lugar em nossas tradições e práticas

filosóficas. Alguns bruxos até adotam belos Jack O’Lanterns em seus rituais, como uma
forma de satirizar o plágio da ritualística de Samhain pelo Halloween.
Maior agravante é a aceitação de uma festividade DETURPADA e PLAGIADA
que (com o mínimo de coerência) deveria ser comemorada na verdade, no mês de abril,
mais precisamente na data de 30/04, data em que nosso país, estando localizado no
hemisfério sul, considerava verdadeiramente o final da estação conhecida como
VERÃO

Atendemo-nos para o primeiro princípio dos 13 princípios da bruxaria, regras
nascidas nos EUA visando definir de maneira simples nossas práticas e filosofias:
“Nós praticamos ritos para alinharmos ao ritmo natural das forças vitais,
marcadas pelas fases da Lua e aos feriados sazonais.”
Assim sendo, que se entenda que verdadeiramente Bruxos não reconhecem o
Halloween, salvo como uma oportunidade de brincadeiras ou motivo para festas banais,
tal como qualquer outra festividade profana que não se encontre em seu calendário
ritualístico.

Correspondências de Samhain

Frutas e plantas
Maçãs, verbena, abóboras, sálvia, palha, crisântemo, calêndula, absinto, pêra,
avelã, romã, grãos variados e castanhas.
Comida típica
Beterrabas, nabos, comidas com milho, castanhas assadas, pratos à base de
gengibre, sidra, vinho quente e pratos com carne.

Bolo de Samhain

300 g de frutas cristalizadas;
50 g de cerejas;
50 g d açúcar mascavo;
200 g de farinha de trigo;
1 colher (chá) de fermento para bolos
250 ml de chá quente (de maçã);
1 ovo grande;
1 colher (sopa) grande de marmelada;

Várias surpresas de Samhain (pingentes, metais, etc.)*
* Nada de plástico!
Misture as frutas e cerejas ao açúcar mascavo e cubra com o chá quente. Permita
macerar pelo menos de meia a uma hora. Acrescente farinha peneirada e o fermento,
misturando bem.
Coloque o ovo (inteiro) e a marmelada e misture mais uma vez.
Por último, acrescente as surpresas de Samhain (surpresa) que deverão ser
embrulhadas firmemente em papel laminado. Misture bem.
Unte a forma de bolos e despeje a massa.
Decore o topo com mais cerejas.
Leve ao forno quente por 45 minutos.
Ritual para Samhain
Coloque no altar maçãs, romãs e outras frutas de outono. No outono florescem
calêndulas e crisântemos, que também devem estar adornando a cerimônia.
Escreva em
um pedaço de papel tudo o que deseja se livrar em sua vida: raivas, um hábito
pernicioso, sentimentos de perda, doenças, etc. Um caldeirão deve estar presente no
altar e outro deve ser colocado no chão ou em uma superfície que agüente calor. Um
pequeno disco plano, marcado com oito divisões, deve ser o símbolo da Roda do Ano
(tanto da que finda como da que se inicia) e estar no altar.
Antes de iniciar o ritual, sente-se tranquilamente e pense nos entes queridos que
já partiram rumo ao Summerland. Não de forma triste. Tenha a certeza de que se
encontram num preparo para seu retorno a este plano. Lembre-se de que o plano físico
não é a realidade absoluta e que espíritos nunca morrem.
Arrume seu altar acenda as velas e incensos e trace o Círculo
mágicko
Evoque a Deusa e o Deus.
Erga uma das romãs no altar e, com uma faca (não com o athame). Corte a fruta,
remova várias sementes e as coloque sobre o disco que representa a Roda do Ano. Eleve
sua varinha ou athame,

Diga

“Nesta noite de Samhain eu marco a passagem do Sol, que continuará a
brilhar na Terra da Juventude.
Eu também marco a passagem de tudo que se vai, assim como de tudo que
há de vir. Ó Deusa gentil, Mãe eterna, você que dá a luz para o que tomba,
ensine-me a entender que, mesmo no tempo de maior escuridão, serei capaz
de encontrar a maior luz.”
Coma algumas sementes de romã; morda as sementes e sinta o sabor agridoce da
fruta.
Acenda o fogo dentro do caldeirão grande (mesmo que seja uma vela, em caso
de rituais no interior de apartamentos). Sente-se segurando o pedaço de papel que
escreveu e, contemplando as chamas, diga:
“Sabedoria da Lua que mingua,
Deusa da noite estrelada,
Eu acendo esse fogo dentro do seu caldeirão
Para transformar aquilo que mais desejo em minha vida.
Transmute!
De Escuridão em Luz!
De ruína em vitória!
De morte em renascimento!”

Queime o papel na chama do caldeirão e jogue-o dentro do mesmo. Enquanto
queima, tenha a certeza da transmutação de seus pedidos, assim como o fogo consome o
papel.
Se desejar, você pode tentar alguma forma de adivinhação, afinal, Samhain é o
tempo perfeito para se ver o passado ou o futuro. Tente também recordar de vidas
passadas. Honre seus antepassados, mas não os chame para perto de você. Queime
também, simbolicamente, qualquer mau sentimento nas chamas do caldeirão.
Celebre o Grande Rito desta vez com sidra de maçã.
Destrace o círculo.

ATRADICIONAL QUEIMA DOS PEDIDOS DE SAMHAIN

Existem muitos costumes de Samhaim, e a queima de pedidos com certeza é um deles. O objetivo é acabar com tudo de negativo e atrirmos todas as coisas positivas que queremos para as nossas vidas.

Arranje dois pedaços de papel. Em um deles escreva tudo aquilo que você deseja afastar de sua vida: doenças, pessoas indesejadas, dificuldades de qualquer tipo, obstáculos etc.
No outro papel, você deve escrever tudo aquilo que deseja realmente atrair para a sua vida. seja bastante específico, pois as palavras têm um grande poder! Há uma história conhecida de uma bruxa que pediu simplesmente "amor em sua vida" e no dia seguinte encontrou um gatinho abandonado em seu quintal, precisando de carinho. Se não é o que você deseja, então especifique bem o que você realmente quer ter.

Também é muito recomendado que, ao final da sua lista de desejos, você coloque a seguinte frase: "Que tudo seja correto e para o bem de todos".

Em seu caldeirão, despeje um pouco de álcool (mas tome muito cuidado), acenda-o e jogue o primeiro papel (aquele que contém as coisas que você quer afastar). Enquanto ele queima, mentalize o mal sendo afastado de você. Peça aos deuses que ajudem você nesta missão.
Aguarde o término do fogo. Quando isso acontecer, coloque um pouco mais de álcool em seu caldeirão e, tomando o devido cuidado, ateie fogo novamente. Desta vez, queime o papel com a lista de desejos.
Coloque junto das chamas algumas folhas de louro, sempre mentalizando a positividade que você deseja atrair para a sua vida.
Quando o fogo acabar, contemple a fumaça provocada pelas folhas, subindo aos céus, e peça que seus pedidos se elevem ao mundo dos deuses.
Jogue os restos (se houver) em seu jardim ou na natureza, como oferenda

Crenças de Samhain

É tradicional em noites de Samhain, deixar um prato de comida do lado de fora
da casa, para os espíritos dos mortos. Uma vela colocada na janela os guia com sua luz
vinda das terras de verão eterno.

RITUAL DE SAMHAIN PARA SOLITÁRIOS SUGESTÃO

Os rituais expostos neste site são apenas sugestões para os praticantes solitários. Covens já estruturados e que carregam uma tradição já têm as suas práticas fixas, não necessitando de modelos. Porém, acreditamos que todas as fontes sobre práticas da Bruxaria podem servir como inspiração.

Preparação do ritual

A primeira coisa a ser feita é arrumar o altar para a celebração deste sabbat. Você pode dispôr diversos itens relacionados ao sabbat Samhaim, entre eles:
- fotos de seus ancestrais
- maçãs, nozes e romãs
- velas pretas e cor de laranja
- pães de milho ou de trigo
- incenso de alecrim, mirra, artemísia ou musgo

Decore seu altar com folhas e flores de outono, se desejar algo bem bonito. No centro do altar, você pode colocar um cristal ou uma tigela de contemplação.
Coloque o seu caldeirão sobre o altar e disponha as velas. A vela laranja, representando o Deus, deve ficar à sua direita, e a vela preta, representando a Deusa, deve ficar à sua esquerda. Esta correlação é bastante usada por muitos wiccanos.
Purifique-se da maneira que achar mais conveniente. Um banho é bastante adequado, assim como a unção e bênçãos com óleos aromáticos e a purificação do local ritual com o incenso que você escolher.

No dia do ritual, é comum cada bruxa preparar um prato com alimentos e uma vela acesa, como oferenda aos seus parentes que já morreram. Passe um tempo recordando a memória de amigos e parentes que já se foram, olhando fotos, lendo cartas ou simplesmente se lembrando de determinados acontecimentos.
Realizando o ritual
Coloque a sua maçã perto da vela laranja e a romã perto da vela preta. Lance o círculo mágico da forma que você já está acostumado e faça a seguinte invocação (pode variar para algo mais pessoal, se desejar, ou manter esta estrutura):

Hoje o véu que separa os mundos está mais finos. Nossos ancestrais estão perto de nós, podendo nos visitar e nós a eles. Que a Deusa Anciã e o Deus das Sombras possam abençoar todos eles e a nós.
Com muita humildade, realizo este ritual de Samhaim.

Acenda as velas da Deusa e do Deus e então diga


Com muita humildade eu convido meus ancestrais a estarem junto comigo neste ritual. Peço àqueles que gostem de mim que estejam presentes, se assim desejarem. Hoje é uma noite especial, cheia de magia, e celebro neste ritual todos aqueles que partiram para o Outro Mundo, o reino do eterno verão.

Que este rito seja agradável para todos os que já se foram. Que todos sejam abençoados.

É interessante fazer uma meditação de respiração para relaxar e sentir as energias no círculo. Você pode entoar cânticos sagrados, se assim desejar.
Concentre-se em seu caldeirão e medite sobre as suas características. Permita-se um longo período; esta é a noite mais longa do ano para contemplação. Contemple as velas também. Medite sobre sua vida, seus atributos, ou o que desejar. Em seguida, diga:

O caldeirão é o ventre da Mãe Terra; o ventre dos fins e recomeços.
Agora é hora de aproveitar este tempo mágico e realizar um rito de Samhaim. Há vários costumes tradicionais, mas aqui apresentamos a tradicional queima de pedidos.
Pegue um pedaço de papel e escreva tudo o que você quer afastar de sua vida. Acenda-o na vela preta e deixe-o queimar no interior do caldeirão.
Pegue então outro pedaço de papel e escreva tudo o que você deseja atrair para a sua vida. Não custa repetir: cuidado com o que você pede! Seja bastante específico/a, já que as palavras têm poder. Acenda-o na vela laranja e deixe-o queimar no caldeirão também.
Junto com as cinzas, coloque um punhado de alecrim. Mexa a mistura, dizendo:

Para que o novo eu possa ter,
O velho tem que morrer,
Pelos poderes da Vida, da Morte e do Renascimento,
Eu saúdo os espíritos desta noite de Samhaim.

Coloque um pouco de álcool no caldeirão (bem pouco - tome cuidado) e então ponha fogo. Olhe para as chamas e mentalize todos os seus desejos e as maneiras como pode conseguir realizá-los.

Com o seu athame, abra a romã, coma algumas sementes, enquanto pensa em todas os aspectos negativos de sua vida que quer eliminar. Coloque algumas sementes no fogo.

Em seguida, pegue a sua maçã na mão e diga:

Esta é a fruta da vida...

Corte-a no meio:

Que é morte. Eis a fruta da morte, que é vida.

Perceba como as sementes em seu interior formam um pentagrama perfeito. Então coma a maçã. Contemple este mistério da vida e da natureza e em seguida jogue um pequeno pedaço no fogo também. Mentalize com força tudo o que você deseja atrair de positivo para a sua vida.

Com uma colher de pau, mexa o conteúdo do seu caldeirão dizendo

Tudo o que é negativo, se torna positivo;
Tudo o que me faz mal, agora me faz bem;
Tudo o que adoece, agora me cura;
tudo o que era ódio, se transforma em amor.

Beba um pouco do vinho e despeje um pouco dentro do caldeirão, fazendo uma oferenda aos deuses. Então diga:

Ofereço este vinho à Deusa e ao Deus, assim como a todos os meus ancestrais.

Com o seu bastão, toque o pão e diga:

Consagro este pão em nome dos antigos. Que você traga saúde, sucesso, prosperidade e amor.
Coma um pedaço do pão.
O rito está finalizado. Entoe algumas canções para os deuses, se assim desejar, ou dance suas músicas pagãs preferidas, danças espirais, ou simplesmente leia algumas invocações, poemas etc.
Agradeça gentilmente a presença de seus ancestrais e diga-lhes que é hora de ir embora (este procedimento é obviamente importante). Agradeça igualmente os deuses e, quando desejar, encerre o círculo.
Deposite o resto dos alimentos e as oferendas no seu jardim ou embaixo de alguma árvore.


Yule
Hemisfério Norte (21/12) e Hemisfério Sul (21/06).

Yule é o solstício de inverno

O solstício de inverno é a noite mais longa do ano. No entanto, a partir deste dia, o Sol volta cada vez mais forte, para chegar ao seu ápice no solstício de verão.

A palavra Yule (pronuncia-se "iúle") provavelmente vem da palavra escandinava "iul", que significa "roda". Sua data não é fixa, pois depende das correspondências astrológicas e climáticas de cada ano. No hemisfério sul, ocorre sempre por volta de 21 de junho, e no hemisfério norte por volta de 21 de dezembro.

Este dia marca a morte e o renascimento do Deus-Sol; marca também a derrota do Rei Azevinho, Deus do Ano Minguante, pelo Rei Carvalho, Deus do Ano Crescente. A Deusa, que era morte-em-vida no solstício de verão, exibe agora o seu aspecto de vida-em-morte, pois ela é a Rainha da Escuridão neste sabbat, mas também é a mãe que dá à luz a criança da promessa, que irá fertilizá-la mais tarde e trazer de volta luz e calor ao seu reino.
Apesar de no Brasil termos o costume de dizer que trata-se do "primeiro dia de inverno", a data por volta de 21 de junho simboliza o meio do inverno, ou seja, quando o inverno está no ápice. Tanto é que, originalmente, o nome é "middle-winter" (em inglês, meio do inverno).
Leia também

Rei Azevinho


O Rei Azevinho é um símbolo das forças minguantes da Natureza. Ao contrário de seu rival e irmão, o Rei Carvalho, ele rege a metade escura do ano, que vai do solstício de verão até o solstício de inverno. Nessa época, ele perde uma batalha ritual para o rei Carvalho, que se torna soberano da outra metade do ano.

O Rei Azevinho é retratado como um homem velho que usa um traje invernal. Em sua cabeça, ostenta uma coroa de azevinho e freqüentemente aparece carregando um bastão feito de azevinho. Assim como acontece com o Rei Carvalho, vemos freqüentemente imagens do Papai Noel bastante semelhantes com as do Rei Azevinho.

Rei Carvalho

O Rei Carvalho é um símbolo dos poderes crescentes da Natureza, regendo o ano do solstício de inverno até o solstício de verão. Este é o período do ano em que a Natureza vai em direção à sua renovação.

Em um combate ritual, o Rei Azevinho vence o Rei Carvalho no solstício de verão, regendo assim a parte escura do ano, que vai do solstício de verão até o solstício de inverno.

Geralmente a imagem que se tem do Rei Carvalho é a de um lenhador, usando uma grinalda de folhas de carvalho ao redor da cabeça.

Normalmente ele é descrito com uma árvore e vários animais da floresta ao seu lado. Algumas figuras do Papai Noel são, na verdade, imagens do Rei Carvalho.
Roda do Ano

Agora, passada sua morte simbólica, nosso Deus renasce (simboliza a reencarnação
para os espíritos, assim como a ressurreição do divino). Ele renasce como o
filho gerado da Deusa e de si próprio em Beltane, a CRIANÇA DA PROMESSA.
Yule representa o fim dos dias escuros. O Sol ressurge no céu, trazendo seu calor para
começar a derreter a neve e trazer de volta a vida a campos e florestas.
Provavelmente o natal cristão tenha suas bases nesse antigo festival
comemorativo pagão. Em Yule é tempo de reencontrarmos nossas esperanças, clamando
a nossos Deuses que rejuvenesçam nossos corpos e corações e que nos dêem forças para
nos libertarmos das coisas antigas e desgastadas. É hora de descobrirmos a criança
dentro de nós e renascemos com sua pureza e alegria.
Essa é a noite mais longa do ano, em que a Deusa é venerada como a Mãe da
Criança Prometida ou do Deus Sol, que nasceu para trazer Luz ao mundo. É hora de
encontrarmos a luz clamada em Samhain, de compreender que tudo é cíclico na
existência. Em Yule, a Deusa é honrada em seu aspecto divino de Mãe, sendo o Deus
sua criança divina, o novo ano solar.

RITUAL PARA SOLITÁRIOS

Você vai precisar de:
- 1 vela representando a Criança da Promessa (pode ser dourada, amarela ou branca)
- 1 vela verde
- 1 vela vermelha
- taça com vinho
- seu caldeirão
- incenso de pinho

Coloque a vela dourada (ou da cor que você achou melhor dentro do caldeirão. Verifique se ela está bem fixa. Em seguida, coloque a vela vermelha ao lado direito de seu altar e a vela verde do lado esquerdo. Acenda os incensos.

Trace o círculo mágico da maneira como você costuma traçar e diga a seguinte invocação:

Eu hoje celebro o nascimento da Criança da promessa!
A Deusa é Mãe e eu invoco os espíritos da luz!
O Sol renasce!

Acenda a vela vermelha que está ao seu lado direito e diga:

Com esta vela eu honro os espíritos do Fogo!

Acenda a vela verde e diga:

Com esta vela eu honro os espíritos da Natureza!

Acenda a vela que está dentro do caldeirão e diga:

Com esta vela, que está no ventre da Deusa, na escuridão, eu celebro e honro a Criança da Promessa que nasce agora e traz a volta da luz!

Pelo chifre e pela luz,
Eu celebro e dou as boas-vindas ao filho da Deusa, que é o Sol renascido. Seja bem-vinda, criança divina!

Entoe um cântico em homenagem ao Deus renascido ou leia algum texto sagrado em sua homenagem. se quiser, medite sobre as características deste momento na Natureza e em sua vida. Quando achar que está bom, diga:

Abençoados sejam a Deusa e o Deus que giram mais uma vez a Roda da Vida. Dou as boas-vindas ao inverno e celebro o movimento eterno da Natureza.
Que o Sol volte a brilhar cada dia mais, e que todos sejam beneficiados com isso!

Eleve a taça com vinho e diga:

Eu bebo este vinho em homenagem à Deusa e à Criança Que Nasce!

Beba o vinho e faça uma libação aos deuses. Agradeça aos deuses pelo ritual. Finalize da maneira como está acostumado e destrace o círculo.

Correspondências de Yule

Frutas e plantas
Louro, camomila, alecrim, sálvia, zimbo, cedros e outras ervas solares.
Comida típica
Castanhas assadas, frutas como maçã e pêra, bolos de castanhas embebidos de
cidra, chás de gengibre ou hibisco.

Kleinur de Yule (biscoitos de raio de sol)
900 g de farinha de trigo;
240 g de açúcar branco;
60 g de margarina;
1 colher (chá) de essência de baunilha;
½ colher (chá) de soda (para alimentos);
5 colheres (chá) de fermento para bolos;
½ litro de leite;
1 ovo.
Bata a margarina e a farinha misturando aos outros ingredientes. Faça um monte
na massa, cave um buraco no meio e misture o leite de forma que a massa fique
homogênea. Misture bem até que fique uma massa lisa, sem caroços. Deixe a massa
descansar por duas horas e estique-a com um rolo de macarrão. Corte em diamantes e
faça um canal no meio dos biscoitos, bem de leve, só para decorar. Se quiser pincelar
com a gema do ovo, só pra dar um tom dourado, ficará bonito. Unte a assadeira e leve
ao forno até assar por completo.

Ritual de Yule

O altar deverá estar no centro do Círculo e voltado para o Norte. Use um pano de
altar verde, que é a cor de Yule. As velas decorativas deverão ser verdes em
homenagem ao Solstício.
Artigo especial (em caso de apartamento): uma vela ritualística (sete dias)
grande, de cor branca ou vermelha, que será colocada dentro do caldeirão cerimonial
caso não possa acender fogo no mesmo.
Trace o Círculo mágico.

Yule celebra o nascimento da criança e sua promessa de devolução de calor à
Terra.
Mas esse também é um tempo em que devemos prestar atenção no encanto do
inverno e no feitiço glacial de sua beleza encantada.

Prece da Deusa

Nós te evocamos Senhora luminosa de Branco, monte extenso e vale com flocos cadentes
como inverno, lança sobre nós
um feitiço de neve cintilante!
Nós te evocamos,
gelo encantador,
Deusa estrela do norte;
Tuas roupas geadas
brilhando na escuridão do inverno,
Em tua guarda dos portais gelados,

os portais de mistérios polares.
Nós te evocamos,
Rainha cristalina,
Velha geada que caminha
na estação de bosques estéreis
e terra desnuda
Abre o céu cinzento escondido,
Nós te evocamos
para que estejas aqui com nós!”
Prece do Gamo Sagrado
“Nós te evocamos,
Antigo caçador e vítima
das caçadas do inverno;
Tu que és o doador da carne
para que preserves em amor nossas vidas,
No passado, aceitamos teu sacrifício.
Nós te evocamos,
Veado do Solstício, forma inconstante,
Seguimos tuas pegadas pela neve
até os portões que tu guardas para o Invisível.
Floresta fantasma, inverno reinando,
estejas aqui entre nós
assim como nós celebramos
este momento da Roda Solar

Nesse momento do ritual, você pode representar o nascimento do Sol

vinda da Deusa, que acende (com uma tocha) o fogo do caldeirão. Nada está perdido... assim como Ela produz a nova é renovado o

esplendor do Sol!”
Glória ao Sol
“Deixe-nos dar glórias
a Ele, que é o primeiro nascido,
o Sol, criança celestial,
ardendo em chamas,
aquecendo as florestas,
com o amanhecer do Solstício!
Sol de retidão!
Sol invencível!
Salvador solar!
Renascido do útero de noite invernal
para que tragas a arte e a luz
ao mundo em escuridão!
Tua majestade brilha

a mesma luz a todas as nações,
Tu és a luminosa verdade que renasce,
e o esplendor do manifesto do Sagrado.
Chama consagrada do Céu,
Tu és a arte e a luz vivente,
fonte de inspiração
de todos os homens na Terra.
Salve rei Novo, nascido dos deuses planetários

Devem ser acesas velas brancas ou amarelas a todos os participantes da
cerimônia, dizendo
Hoje a noite, acendemos esta vela para o Sol do Solstício infantil; uma chama pequena para atravessar a escuridão;
um raio de Esperança,
um símbolo da Luz dentro do todos nós:
Ilumine o que jamais poderá ser extinto,
até mesmo pela noite do inverno mais longa;
Ilumine e crescerá em glória,
Ilumine qualquer de nossas tristezas,
dando-nos à frente um vislumbre de dias dourados.
Veja a Luz que nunca pode morrer,

renascido novamente no céu de Solstício
Nesse momento, será feita uma procissão circular de oito voltas (em sentido
horário), enquanto eleva-se o pensamento a futuras realizações.
Deverá ser procedido o Grande RitoO Círculo deverá ser destraçado..



imbolc ou Candlemas

Hemisfério Norte (01/02) e Hemisfério Sul (01/08)
O uso de denominações celtas para os festivais da colheita é uma forma bastante usada por todas as bruxas, por uma questão de coerência com as crenças gaélico-irlandesas. Mas Imbolc também é conhecido pelo nome Candlemas (Candelária), sob o qual foi cristianizado como "Festa de Purificação de Maria".
Imbolc (pronuncia-se "imbôlc" ou "imbôlg") significa "em leite" e diz respeito ao período de lactação das ovelhas. É o avivamento do ano, quando aparecem os primeiros estímulos fetais da primavera no útero da Mãe Terra. Embora ainda esteja frio, os pequenos e mais resistentes sinais de vida na Natureza começam a aparecer novamente. É época de abençoar as sementes e consagrar nossos instrumentos de trabalho.
Como todos os grandes sabás celtas é um festival do fogo, mas a ênfase neste é mais sobre a luz do que sobre o calor; a centelha que penetra a escuridão do inverno. Acontece no dia 1º de agosto no hemisfério sul e no dia 1º de fevereiro no hemisfério norte, marcando o ponto central da metade escura do ano.
A Lua é o símbolo de luz da Deusa e representa o aspecto triplo de Donzela, Mãe e Anciã (encanto, maturidade e sabedoria). A luz da Lua é praticamente uma luz de inspiração, por isso este sabá é tão associado à deusa Brigit (deusa celta da inspiração, dos dons, da fertilidade). O espírito é avivado assim como o corpo e a terra.
Este sabá se originou na Irlanda antiga, com comemorações da deusa Brigit, chamada de "Noiva do Sol". O inverno ainda persiste, mas a luz está aumentando e as sementes despertando da terra fria e úmida. Imbolc é a celebração de todas essas "voltas".
É o despertar dos novos planos e projetos, iniciação em caminhos espirituais ou em novas atividades, assim como purificação e renascimento material ou espiritual. É tempo de despertar a criatividade e buscar inspiração através da música, poesia, desenho, dança e artes no geral.
A Deusa está se recuperando do parto da criança divina que nasceu no solstício de inverno, o Deus Sol, transformando-se em uma Donzela jovem e cheia de vigor.
Na Wicca, nesta data são feitas as iniciações dos novos adeptos e as confirmações das sacerdotisas. As cores podem espelhar a pureza (branco, azul claro) ou as chamas (vermelho, laranja).
Imbolc, Candlemas é a Festa do Fogo ou noite de Brigit.
Candelemas é o nome cristianizado para o festival, praticado ainda na Irlanda
pelas congregadas de Santa Brígida. Os nomes pagãos mais antigos eram Imbolc ou
Oilmec. Imbolc quer dizer, literalmente, em gaélico, “na barriga” (da Mãe). Significa
que no útero de Terra de Mãe, escondido de nossa visão mudana, a semente que foi
plantada no solstício (Beltane) nasceu e agora está crescendo e se intelectualizando, é o
novo ano que cresce. Oilmec quer dizer “leite de ovelhas”, porque esta é também a
estação de amamentação desses animais.
O festival é também conhecido como “O Dia de Brigit”, em honra à grande
deusa irlandesa Brigit. E seu santuário, na cidade irlandesa de Kildare, um grupo de 19
sacerdotisas cristãs (nenhum homem é permitido na ordem) mantém uma chama
perpétua que queima em honra de Brigit. Brigit é considerada uma deusa do fogo,
patrona da poesia, cura e música (especialmente dotes curativos ligados à obstetrícia).
Esse simbolismo triplo é bem expressado nas figuras da Deusa, normalmente com três
mulheres a representando. Outra forma do nome Brigit pode ser traduzida como a
Noiva, e qualquer mulher próxima a se casar, na Antiguidade de culturas pagãs, era
chamada “a noiva” em honra a essa Deusa. A Igreja católica apostólica romana não
poderia facilmente transformar a Grande Deusa Irlandesa em um demônio, assim eles
preferiam canonizá-la em vez disso. Assim, a partir de sua canonização, ela seria
conhecida como “Santa” Brígida, SANTA protetora dos músicos, poetas e profissionais
da medicina. A Igreja cria a fábula de que Brígida seria uma missionária cristã que, por
seus conhecimentos, praticou curas na Irlanda, sendo confundida com uma deidade. Não
posso afirmar os motivos pelos quais os irlandeses acabaram por crer nessa fábula, mas
também chegam a crer que Santa Brígida possa ter sido a ama-de-leite de Jesus, assim,
também não posso crer como Jesus possa ter nascido e passado sua infância na Irlanda.
Os rituais de Candlemas envolvem celebrações de despedida do inverno e boas
vindas à primavera. O Sol recém nascido que representa o Deus é visto como uma
criança pequena que ainda se alimenta de sua Mãe. É época para novos começos.
Planejamento para o ano que cresce, assim como obtenção de conhecimentos
filosóficos, práticos e técnicos para que nossos objetivos se cumpram. A meu ver, é a
melhor época do ano para dedicações e iniciações na arte.
É tradicional em Candlemas acender todas as luzes da casa por alguns minutos à
noite, simbolizando assim, o retorno do Sol e do calor à Terra. Esse calor aquece a
Terra, ou seja, a Deusa, e proporciona ao longo do período a germinação de sementes. É
o Sabbath dedicado à purificação. Deve-se ter muitas velas acesas que representam
nossa própria iluminação e inspiração. Imbolc também é conhecido como Oilmec,
Lupercalia e Festa de Pã. Algumas bruxas executam o rito chamado “Cama de Noiva”,
que consiste na fabricação de uma boneca de palha de milho que representaria a Deusa e
é colocada em uma cesta junto a uma espiga de milho que representaria o Deus. A
Deusa é tão honrada como a Donzela do Milho e o Deus, como o Pai do Espírito.

RITUAL PARA SOLITÁRIOS

Seguem algumas dicas para a celebração deste sabbat. logo abaixo você confere uma sugestão de ritual mais elaborado, para quem segue uma linha mais cerimonial.

- Imbolc é tempo de purificação: limpe sua casa, seu corpo, seus armários, doe o que não usa mais, presenteie as pessoas queridas com objetos que elas possam gostar etc.

- Faça você mesma sua cruz de Brigit e pendure-a sobre a porta da cozinha, onde ocorre a transformação dos alimentos. Somos o que comemos, portanto, abençoe sua comida.

- Doe comida para moradores de rua. Cozinhe para a sua família e celebre a volta da fartura após o inverno. Guarde um pouco para os pobres; não custa nada.

- Crave na porta de sua casa um triskle, símbolo da Deusa Tríplice, para que abençoe e proteja seus entes familiares e seu lar.

Se você deseja um ritual mais elaborado para celebrar este festival, segue uma sugestão para praticantes solitários.

Arrume o seu altar de acordo com a ocasião. Coloque a sua roda de velas no centro do altar. Ao lado, coloque a sua coroa de velas (se você for mulher). Acenda um incenso de manjericão, violeta, mirra, limão, camomila, benjoim, sálvia, rosas ou calêndula. Coloque seu cálice com leite ou água sobre o pentáculo. Decore o altar com muitas flores brancas.

Lance o círculo mágico da maneira como está acostumada, cantando alguma música de putificação que você tenha feito ou alguma outra que você goste (veja a seção de cânticos sagrados). Enquanta canta, vá varrendo toda área do círculo. Quando achar que já foi o suficiente para purificar o local.

invoque


Brigit, filha de Danu Brigit do fogo, da água e da inspiração Toque sua harpa que é o instrumento de nossas vidas Que eu ouça sua canção assim como todos os seres

Acenda as velas da coroa e vista-a. Acenda as velas da roda e, a cada vela acesa, faça um pedido. Então diga:

Com as luzes eu abro caminho para que a Primavera chegue O Sol cresce cada vez mais e a esperança está viva


Contemple as flores sobre o altar e diga

Eu ofereço estas flroes à Donzela Eu honro os espíritos da Natureza O solo fica fértil e é terreno para novas sementes Que nós sejamos todos abençoados

Pegue seu cálice e eleve-o, dizendo

Eu honro a Deusa Virgem e a luz crescente do Sol
Beba o seu conteúdo, fazendo uma libação aos deuses. Entoe canções a Brigit ou leia algumas poesias inspiradas em voz alta. Canta, dance, festeje. Quando terminar, agradeça aos deuses e aos quadrantes, destraçando o círculo.


- Brigit tinha um santuário na antiga capital irlandesa de Kildare, onde um grupo de dezenove sacerdotisas mantinha uma chama eterna acesa em sua honra. No dia de Brigit, elas deixavam que a Deusa mantivesse a chama acesa, e nenhuma sacerdotisa cuidava do fogo, que nunca apagou. Mais tarde esse costume foi proibido mas, quando Brigit virou uma santa, as monjas voltaram com a prática.
Nessa época, cada vela, lamparina e tocha da casa era acesa para iluminar os caminhos para que o Sol pudesse atravessar. Por toda a Europa, nessa época, eram feitas procissões com tochas, com a finalidade de purificar os campos e arados para o plantio na Primavera que se aproximava.

- A ligação de Imbolc com a purificação vem da antiga Europa, onde, nessa época, toda a decoração do solstício de inverno era queimada. Isso representava o desligamento com o passado para que o futuro fosse promissor. Se isso não fosse feito, acreditava-se que os maus espíritos vinham assombrar as casas e trazer má sorte aos moradores.
A Igreja Católica aproveitou o antigo significado pagão e transformou esta na festa de Candelária, a Purificação de Maria. A própria deusa Brigit foi cristianizada mais tarde como Santa Brígida de Kildare e seu santuário foi transformado em mosteiro de monjas.
Na véspera do sabbat, todos os fogos e luzes eram apagados para serem acesos, ritualisticamente, mais tarde, com as brasas das fogueiras dedicadas à Brigit.
A versão romana deste sabbat chamava-se Lupercália e era composto de alegres festejos para as deusas Februa, Diana e Vênus.
Os povos nórdicos celebravam nesta época o Disting, "enterrando" a negatividade do inverno, acendendo fogueiras nas encruzilhadas e purificando a terra, salpicando sal e cinzas sobre ela.
Até hoje, em certos lugares da Grã-Bretanha e da Irlanda, as pessoas amarram fitas ou pedaços de roupas nas árvores próximas às antigas fontes sagradas, atualmente dedicadas à Maria ou a outras santas católicas, orando para curar seus males.
Na Irlanda eram colocadas "cruzes solares" de proteção em cima das portas e janelas da casa. Eram feitas de palha e representavam o olhar protetor da Deusa, vigiando e protegendo a casa.
Também na Irlanda, as crianças eram abençoadas por Brigit colocando fitas verdes ao redor de seus pescoços, dando vários nós enquanto o nome da Deusa era pronunciado com orações de proteção.

- Era costume abençoar a terra com leite, para que as plantas crescessem férteis. Isso ainda pode ser feito em nosso jardim, sempre pedindo as bênçãos da Deusa

Correspondências de Imbolc

Frutas e plantas
Angélica, manjericão, louro, benjoim, urze, mirra e flores amarelas.
Comida típica
Laticínios, creme azedo, comidas condimentadas e encorpadas, pratos com
pimenta, curry, cebolas, cebolinha ou alho-poró, pratos com passas e um vinho bem
forte.
Pudim de Imbolc
Qualquer alimento que simbolize ou tenha ligação com o Sol ou fertilidade é
apropriado para esse Sabbath, assim como comidas que levem leite. Minha comida
favorita de Imbolc é o pudim de arroz, por incorporar símbolos de fertilidade

Ritual para Imbolc
O altar deverá, mais uma vez, voltado para o norte. Não se esqueça de levar para
o círculo sua vassoura consagrada. Prepare um amarrado com 13 velas amarelas e
coloque no altar. Coloque no altar também um copo com água cristalina, representando
a água que se forma com o derretimento da neve com a chegada do Sol e um prato
pequeno com cereais (milho, arroz, etc.). Um ramo de pinheiro e uma pinha.
Trace o círculo de forma ritualística e evoque a Deusa e o Deus. Segurando comseu athame e fale

Com o sal e o Athame consagrados Eu consagro o espaço e os convido Para celebrar conosco neste círculo de Luz Pelo nome sagrado de Brigit
E sob sua proteção
Está agora iniciado o Sabbath.”
Pouse o athame sobre o altar. Acenda as 13 velas dizendo:
“Mãe toda-poderosa
Eu te ofereço
Este símbolo de fogo e de Luz.”
Acenda o incenso e diga:
“Mãe toda-poderosa
Eu te ofereço
Este símbolo de ar
Trace o pentagrama com o athame sobre o prato com os cereais e diga
Mãe toda-poderosa Eu te ofereço Este símbolo da terra

Imerja a lâmina do athame no copo com água e fale

Mãe toda-poderosaa Eu te ofereço Este símbolo de água
Devolva o athame ao altar. Olhando a chama das velas visualize a escuridão do
inverno que se ilumina com a luz do Sol que renasce, pegue sua pinha ou ramo de
pinheiro e queime no caldeirão dizendo:
queime pinhas ou papéis com o que
queiram banir de suas vidas

Varra com sua vassoura (sem tocar o solo) tudo o que foi banido (energeticamente)
para o sul do seu círculo, desejando que o elemento fogo queime e transmute
todo esse material.
Proceda ao Grande Rito.
Destrace o círculo.


OSTARA

Hemisfério Norte (21/03) e Hemisfério Sul (21/09).
A lua e a escuridão estão em equilíbrio, mas a luz está dominando as trevas. No equinócio de primavera, o dia e a noite têm igual duração, mas a partir deste dia os dias serão mais longos, com a proximidade do verão.

Conhecido como Ostara (pronuncia-se "ostára"), é basicamente um festival solar e novo para a Velha Religião, na Europa céltica e teutônica. Margaret Murray afirma que "os festivais jamais foram observados na Bretanha", o que nos leva a uma celebração de apenas seis sabbats naquela época. Mas agora sabemos que a exceção eram os povos pré-célticos megalíticos.

No entanto, invariavelmente agora os equinócios fazem parte da Roda do Ano e são observados e celebrados juntos com os outros sabbats. Janet e Stewart Farrar, em Oito Sabás Para as Bruxas, afirmam: "Os modernos pagãos, quase que universalmente, celebram os oito festivais e ninguém sugere que os dois equinócios sejam uma inovação inventada por Gardner ou por românticos do renascimento druida".

As datas dos equinócios, assim como os solstícios, variam de ano para ano, mas o equinócio de primavera no hemisfério sul ocorre sempre por volta de 22 de setembro, enquanto que no hemisfério norte ocorre sempre por volta de 21 de março.

O equinócio da primavera é uma ótima ocasião para decorarmos nossas casas com flores primaveris e também honrar a Rainha da Primavera, a mulher mais jovem do coven, enviando-a para casa depois do ritual com uma enorme guirlanda de flores.
Ostara é o festival em homenagem à Deusa Oster, Senhora da Fertilidade, cujo símbolo é o coelho. Foi desse antigo festival que teve origem a Páscoa. Os membros do coven usam grinaldas, e o altar deve ser enfeitado com flores da época. É um costume muito antigo colocar ovos pintados no altar. Eles simbolizam a fecundidade e a renovação. Os ovos podem ser pintados crus e depois enterrados, ou cozidos e comidos enquanto mentalizamos nossos desejos. Antes de comê-los, os membros do coven devem girar de mãos dadas em volta do altar para energizar os pedidos. Os ovos devem ser decorados com símbolos mágicos, ou de acordo com a criatividade. Os pedidos devem ser voltados à fertilidade em todas as áreas
Ostara, também conhecido como Equinócio de Primavera ou Equinócio Vernal,
celebra a chegada da nova estação. Esse festival celebra o dia em que o Sol,em sua
migração para o Norte, atravessa a linha do Equador. Ostara marca a data em que a
noite e o dia são iguais e equilibrados em sua duração. Um dos símbolos de Ostara é o
ovo, assim como o coelho. O coelho é um animal sagrado para a Deusa Oster (palavra
que significa “época de páscoa” na Alemanha), Deusa escandinava da fertilidade é Ela
que honramos neste dia. Durante Ostara, a neve começa a derreter nos campos, os dias
estão adquirindo mais luz e calor, e as folhas e flores começam a brotar. Esse é um
tempo de regozijo, dança, celebração. O inverno passou e nós sobrevivemos à aspereza
dos dias mais escuros. A vida começa novamente. Esse é um tempo para plantar as
sementes de nossa flor, erva, legume e jardins espirituais. Que sonhos a serem
fertilizados pela terra você plantará? Em vista a analogias no nome, simbolismos e
época, queremos crer ter sido nessa antiga festividade pagã a origem da páscoa
hebraico-cristã.
É prática Wiccaniana a decoração com símbolos mágicos de ovos crus ou
cozidos. Ovos decorados sempre foram símbolos de fertilidade. No séc. XVII, na
França, eram dados ovos decorados às novas noivas, na esperança de que pudessem ter
muitos filhos. Na Alemanha, eram dadas tigelas cheias de ovos aos trabalhadores do
campo pelas esposas dos fazendeiros, visando assegurar assim, uma colheita rica e
fértil. Muitas culturas vêem o ovo como um símbolo de vida, ou o receptáculo do
espírito. O ovo é símbolo de boa fortuna na Rússia e decorar ovos é uma prática entre
namorados, assim como acredita-se que enterrar ovos decorados, por vezes, são mesmo
considerados como verdadeiras jóias e ornados com pedras preciosas; um bom exemplo
são os famosos ovos Fabergé e Tiffany.
Em Ostara, o Deus e a Deusa despertam nos animais selvagens o desejo à
reprodução. O Deus Cornífero vivencia sua plena maturidade e a Deusa é reverenciada
em seu aspecto de Deusa da Primavera.

Ritual de Ostara para praticantes solitários

Prepare o seu altar de acordo com a ocasião. Pela única vez na Roda do Ano, o caldeirão deve estar cheio de água. Se quiser, você pode colocar algumas flores dentro também. Perfume o ambiente com incensos de rosas, cravo, verbena, musgo de carvalho ou de flores diversas.

Coloque três velas amarelas ao redor do caldeirão. O cálice pode estar com suco, vinho ou mesmo água. Lance o círculo de maneira habitual e diga:

A primavera chegou, abençoada sejas! A Terra mostra a sua vida através das flores É tempo de alegria e esperança A Terra está abençoada com equilíbrio e renovação
Que novas sementes desabrochem

Acenda as velas que estão ao redor do caldeirão e diga:


Eu acendo estas velas em homenagem à Rainha da Primavera

Lave suas mãos dentro do caldeirão e mentalize tudo o que deseja conseguir. Sinta-se renovada e esperançosa. se desejar, realize algum tipo de meditação renovadora. Depois diga:

Que as bênçãos da Deusa caiam sobre todos nós. A Terra é fértil e somos jovens. Viva a vida!

Eleve o cálice e fale
É tempo de Primavera! A Roda do Ano gira mais uma vez e o Sol retorna mais uma vez

Beba o conteúdo do cálice, fazendo uma libação aos deuses. Festeje cantando e dançando. No final, agradeça aos deuses pelo ritual e destrace o círculo.

Ovos Decorados

Os ovos coloridos são o principal símbolo do festival de Ostara. Entre os povos antigos, existiam muitos mitos relacionado a origem do mundo a partir de um ovo. O ovo, desta forma, transforma-se no símbolo máximo da criação e da fertilização.

Na época do equinócio de primavera, pagãos do mundo inteiro decoram seus ovos para presentear aqueles que amam e também para decorar seus altares.

Quando você fizer o seu ovo, faça-o mentalizando tudo o que deseja adquirir para a sua vida. Pense em coisas alegres e festivas, pois é o espírito da época.

Material necessário para confeccionar seus ovos

- os ovos
- tintas de cores variadas (use anilina comestível)
- pincéis de tamanhos variados
- recipiente para colocar seus ovos

Para fazê-los, primeiro coloque-os para cozinhar. Espere que esfriem e pinte-os da maneira que achar melhor. Use sua criatividade com cores, símbolos e escritos que lhe inspirem. Se quiser atrair algo para sua vida, utilize símbolos e cores que representem essa vontade.

Consagre seus ovos dizendo algumas invocações, que podem ser espontãneas ou como a seguinte:

Eu abençôo estes ovos em nome da rainha da Primavera e do Deus Coloque-os sobre o seu altar ou dentro de uma bela cesta de vime, para presentear seus amigos e parentes. Se colocá-los no altar, deixe-os até o final do ritual e, depois, dê-os de presente. Caso não queira presentear ninguém, deixe-os como oferenda aos pés de uma planta ou árvore, ou mesmo em um jardim.

Correspondências Ostara

Frutas e plantas
Flores-do-campo, cinco-folhas, narciso, madressilva, íris, jasmim, rosa, morango
e violeta.
Comida típica
Sementes como o girassol, abóbora e gergelin, assim como castanhas de
Pinheiro. Brotos, verduras folhosas e verdes. Pratos com flores, como nastúrcios
recheados ou bolinhos de cravo.

Para os Deuses

Dedico esta canção que eu canto.
Desperte um, desperte tudo.
E ouça a voz do chamado da Deusa.
Abençoada seja nossa terra de Ostara,
Que seja cheia de paz,
Magia e amor.
A deusa toma o fôlego da vida.
A deusa dá a vida.
A deusa é a vida.
Que nossos deuses reinem supremos!”
Se for habilitado, faça o cone do poder ou a elevação do poder, potencializando
de energia os ovos do altar.
Os ovos devem então ser comidos e suas cascas jogadas no fogo do caldeirão ou
enterradas na terra, que é o útero da Mãe.


Beltane

Hemisfério Norte (01/05) e Hemisfério Sul (31/10).
Beltane é um festival de fertilidade e fogo.
Beltane é o mais alegre e festivo de todos os sabás. O Deus, que agora é um jovem no auge da sua fertilidade, se apaixona pela Deusa, que em Beltane se apresenta como a Virgem e é chamada Rainha de Maio. Em Beltane se comemora esse amor que deu origem a todas as coisas do Universo. Beleno é a face radiante do Sol, que voltou ao mundo na primavera. Em Beltane se acendem duas fogueiras, pois é costume passar entre elas para se livrar de todas as doenças e energias negativas. Daí veio o costume de "pular a fogueira" nas festas juninas. Se não houver espaço, duas tochas ou mesmo duas velas podem ter a mesma função. Uma das mais belas tradições de Beltane é o meypole, ou mastro de fitas. Trata-se de um mastro enfeitado com fitas coloridas. Durante um ritual, cada membro escolhe uma fita de sua cor preferida ou ligada a um desejo. Todos devem girar trançando as fitas, como se estivessem tecendo seu próprio destino, colocando-nos sob a proteção dos deuses. É costume em wicca jamais se casar em maio, pois esse mês é dedicado ao casamento do Deus e da Deusa.
Na tradição celta, os dois maiores festivais de todos são Beltane e Samhaim: o início do verão e o início do inverno. Assim como para todos os povos pastores, para os celtas o ano tinha duas estações, não quatro. Isso se deve porque no norte da Europa as estações são bem mais divididas que no hemisfério sul, por exemplo.

A palavra Beltane se origina dos termos galeses tan (fogo) e Bel (nome do deus sol dos galeses). Juntas, as duas palavras significam "fogo de Bel", ou então, mais poeticamente, "fogo no céu", o que é uma expressão que expressa maravilhosamente bem o espírito deste sabá.

Beltane para as pessoas comuns era um festival de sexualidade e fertilidade humanas isento de vergonha. O mastro adornado com flores e fitas era um símbolo fálico. Dançar ao seu redor, procurar nozes nos bosques e ficar acordado a noite inteira para ver o Sol nascer no primeiro de maio eram atividade inequívocas, razão pela qual os puritanos as suprimiram com tremendo horror piedoso. Para se ter uma idéia, em 1644 os mastros de Beltane foram proibidos, mas eles voltaram em 1661 com a Restauração. Nessa ocasião, um mastro de 41 metros foi erigido na Inglaterra.

As fogueiras de Beltane ardiam durante todos os dias de festa, simbolizando o sol.
Alguns costumes de Beltane

Estes são alguns costumes tradicionais deste sabbat. Todos os exemplos foram retirados de diversas fontes, algumas inclusive desconhecidas. Se você conhecer a autoria de alguns deles, entre em contato conosco.

* Entre os povos pagãos era costume pular a fogueira de Beltane para se livrar de doenças e energias negativas, assegurar bons partos e pedir as bênçãos dos deuses da fertilidade. Então cada família levava brasas desse fogo para a sua casa, pois dessa forma reacendiam essas chamas em casa representando uma bênção divina para o verão que viria em seguida.

* Uma antiga tradição requeria que o fogo doméstico deveria ser apagado da casa toda nesse dia, pois seria feita uma fogueira com as nove árvores sagradas (freixo, bétula, aveleira, carvalho, teixo, sorveiro, salgueiro, pinheiro e espinheiro), que seria acesa pelos druidas ao nascer da Lua, dando-se início à celebração do sabbat.

* Na Europa, era um costume de Beltane soltar o gado para passar entre as fogueiras e, dessa forma, abençoá-los.

* No Brasil, perto do dia de Santo Antônio há o costume de recolher um enorme tronco de árvore e conduzí-lo ao pé da serra do Araripe até a Igreja da cidade, por mãos de fortes caboclos. À passagem do séquito, as mulheres solteiras procuram tocar no tronco que passa, debaixo da crença segundo a qual caso consiga, cedo casará... É uma festa a que todo o Cariri comparece, pelo sabor de tradição que o espetáculo mostra. Trata-se de um rito essencialmente de Beltane.

* Outro costume relacionado a este sabbat era quando os jovens das vilas iam até as florestas à meia-noite de Beltane para colher flores. na volta, presenteavam seus parentes com as flores, então recebiam as melhores comidas e bebidas que seus parentes podiam lhes oferecer. Era um ato que trazia boa sorte para todos que moravam naquela casa, pois representava generosidade.

* Na Europa Antiga, as pessoas celebravam Beltane fazendo amor em meio aos bosques. Todas as crianças concebidas por meio dessas uniões eram consideradas "abençoadas". Essas uniões representavam a fertilidade não só dos humanos nessa época, mas de todos os seres vivos da Terra.

A palavra Beltane (Beltaine, Belltaine, Bealtaine, Beltain, Beltine, Bealteine,
Bealtuinn, Boaldyn), significa “fogo luminoso” ou “fogo sagrado” e celebra o começo
do verão, a colheita, e a passagem da estação. Beltane honra a face do deus Sol Céltico
continental e curandeiro, Belenos.
Beltane é a anglicização da palavra irlandesa Beltaine ou Bealtuinn em escocês.
Enquanto a terminação tene refere-se claramente a fogo, ninguém pode realmente
afirmar que a terminação Bel se refira a Belenus, o deus pastoral, ou de bel “brilhante”.
É certo que sempre foi uma tradição saltar entre dois fogos de Beltane (fogueiras,
caldeirões ou tochas) para obter boa fortuna, saúde para seu gado e prosperidade.
Quando os Druidas e seu sucessores, nas vésperas de maio, elevavam os fogos
de Beltane nas terras altas ao longo das Ilhas Britânicas, eles estavam executando um
ato real de magia, na intenção de trazer a luz do Sol até a terra. Na escócia, eram
extintos todos os fogos da casa, e os grandes fogos eram acesos nas matas e florestas.
Era um costume que os homens usassem madeira das nove árvores sagradas. Quando a
madeira estourava nas chamas, proclamava o triunfo da luz sobre a escuridão durante a
metade do ano.
Em Beltane, celebramos o grande amor que dá a vida a tudo. O Deus e a Deusa
estão férteis e apaixonados e de seu amor, tudo, absolutamente tudo, nascerá. O fogo da
paixão embala os corpos dos amantes que, na noite de Beltane, se encontram para
celebrar essa união divina.
Uma das tradições mais belas de Beltane é o MAYPOLE, ou MASTRO DE FITAS. Um mastro é erguido e se prendem fitas coloridas (cada qual representando um
desejo) que, numa dança ritualística, em alegria, serão trançadas, assim como se trança
o destino. Com essa prática, colocamo-nos sob a proteção dos Deuses.
Era costume entre pagãos do Hemisfério Norte jamais se casarem no mês de
maio, visto que esse mês era dedicado à união do Deus e da Deusa. Talvez
por esse motivo, visando cobrir práticas pagãs, o catolicismo tenha
transformado o mês de maio no mês das noivas.
Beltane é, sem dúvida alguma,um dos Sabbaths mais alegres e significativos dos
Wiccanianos.

Ritual de Beltane para praticantes solitários

Prepare o seu altar ritual com o cálice no centro sobre o pentáculo, circundando-o com oito velas verdes. O altar de Beltane deve ser bem colorido e alegre, por isso é indicado que você enfeite-o com muitas frutas e flores. Você deve usar incensos para aromatizar o ambiente. Os mais indicados são: verbena, rosas, ylang-ylang e baunilha.

Coloque o mastro de Beltane também em seu altar (clique aqui para saber como fazer seu mastro). O cálice tradicionalmente deve estar com vinho, mas você pode substituir por suco de uva ou de outra fruta que desejar. Coloque a sua guirlanda de flores (ou folhas) junto com o cálice, de modo que este fique no meio da guirlanda. Se você não sabe como fazer uma guirlanda de Beltane, clique aqui.

Lance o círculo da maneira como está acostumada e faça a seguinte invocação:

Hoje é dia de Beltane, e a Deusa e o Deus fecundam a Terra
Coloque a guirlanda de flores (ou de folhas) em sua cabeça e pense nos antigos festivais de Beltane nos grandes campos. Acenda cada uma das velas, enquanto diz:

A Roda do Ano passa mais uma vez por Beltane, e o foigo sagrado traz o verão de volta
Coloque um pouco de álcool no seu caldeirão (tome cuidado) e acenda-o, enquanto diz:

Brilha a chama de Bel É o fogo sagrado que chama o verão A Roda do Ano gira uma vez mais Que o fogo de Beltane traga alegria e paz a todos
Realize a dança com o mastro de Beltane.

Peça pela purificação enquanto contempla o fogo e faça um pedido. Depois, segure a taça cheia de vinho ou suco em suas mãos , elevando-a, diga:

Eis o ventre da Deusa.

Eleve o seu athame e diga:

Eis o símbolo do Deus.

Segure o athame com ambas as mãos e mergulhe a sua lâmina no vinho, enquanto diz:

Feminino e masculino eternamente representados
A união dos dois fertiliza a Terra.

Beba um pouco do conteúdo do cálice e faça uma libação aos deuses. Coma uma fruta e mentalize o seu pedido. É hora de festejar Beltane da maneira como você desejar. No final, agradeça aos deuses pelo ritual e pela fertilidade da Terra, agradeça os quadrantes e destrace o círculo.

Guirlandas de Beltane

As guirlandas simbolizam a Roda do Ano e todos os ciclos da vida. Em Beltane, elas são utilizadas como se fossem uma espécie de coroa enfeitadas, simbolizando a época.

O costume de se usar guirlandas em Beltane vem das antigas celebrações deste festival na Europa, quando o melhor dançarino era homenageado com uma coroa feita de folhas e a virgem mais bonita era coroada com uma coroa de flores. Esta é uma maneira de representar o Deus e celebrar a Deusa.

Atualmente, as bruxas dão continuidade a essa tradição usando guirlandas em seus rituais de Beltane, mesmo que celebrem sozinhas. Para os homens as guirlandas são de folhas e para as mulheres as guirlandas são de flores coloridas.

É muito fácil confeccionar uma guirlanda de Beltane e tudo depende exclusivamente da sua criatividade. O material necessário é o seguinte:

- arame comum para artesanato
- flores ou folhas
- alicate com pontas finas
- carretel de linha (pode ser linha número dez)

Com o arame, faça uma circunferência na medida de sua cabeça. Feito isto, contorne toda a circunferência de arame com as flores, fixando-as com a linha até que todo o arame esteja coberta pelas flores ou folhas. Você pode usar as plantas que quiser.

Em festivais coletivos, as pessoas costumam usar suas guirlandas durante todo o tempo, mas em rituais solitários você pode colocá-las cerimonialmente durante o ritual, para simbolizar toda a magia daquele momento. É bastante mágico realizar um ato que já foi feito por tantas pessoas como nós e que simboliza todo o festival de Beltane.

Depois do ritual, você pode guardar a sua guirlanda como recordação, pendurando-a em algum lugar visível da casa (na porta da frente ou do seu quarto) ou então deixá-la no galho de alguma árvore como oferenda. Faça o que achar melhor.

Mastro de Beltane

O mastro de Beltane é o símbolo mais tradicional de Beltane. Ele representa a fertilidade do período correspondente, com a união da Deusa (a Terra) e do Deus (o mastro).

É tradicionalmente utilizado em festivais coletivos e em áreas abertas, pois o mastro é grande, mas seu tamanho é variável. Ele é adornado com uma coroa de flores no pico e diversas fitas coloridas penduradas. Em determinado momento do ritual, cada pessoa pega uma fita e todos rodam em volta do mastro, de forma que no final da dança ele esteja todo "embrulhado". O sentido dessa prática é mentalizar nossos desejos, fazer pedidos e projetar nosso futuro, pois enquanto entrelaçamos as fitas tecemos a nossa vida.

Se você celebra os rituais sozinho, é claro que você não terá condições de ter um mastro de quatro metros em seu ambiente ritual, mas você pode fazer algo parecido, proporcionalmente menor.

Consiga um galho fino de uma árvore, do tamanho que achar melhor. Consiga também pequenas fitas de cetim das cores que desejar (e que representem os seus pedidos) e algumas flores para colocar na ponta.

Para um mastro tradicional de Beltane, são necessários os seguintes materiais:
- um tronco fino de árvore de dois a quatro metros de altura
- fitas de muitas cores, com mais ou menos 10cm de largura, no número de pessoas que realizarão o ritual
- uma coroa de flores e folhas para colocar no topo do mastro
- pregos, martelo e barbante para fixar as fitas e a coroa no topo

Pregue as fitas em uma das extremidades do tronco, que deverá ser o seu topo. Depois disso, coloque a coroa de flores e folhas sobre as fitas, de modo que tampe os pregos. Para que as fitas não se enrolem até o momento do ritual, prenda-as com um elástico (que deverá ser cortado depois que o mastro já estiver de pé).

Durante a celebração do sabbat, o mastro deverá ser erguido como parte da cerimônia. Em determinado momento do ritual, as mulheres cavam um buraco no solo, onde o mastro será fixado. Enquanto isso os homens dão voltas ao redor do círculo, enquanto todos entoam alegres canções de Beltane. As mulheres colocam o mastro no buraco e cortam os elásticos. Se você estiver fazendo o ritual sozinho, você pode colocá-lo em um vaso com terra ou mesmo segurar na mão, se ele for bem pequeno.

Nesse momento, cada um pega a sua fita e começa a dança em volta do mastro, enquanto a música continua. Quando o entrelaçamento chegar ao fim, todos ajudam a tirar o mastro do buraco na terra e circulam a área ritual cantando e dançando. Realizando o ritual sozinho, você pode entrelaçar as fitas da mesma maneira.

O mastro deve ser levado à fogueira ritual e colocado sobre as chamas. A cerimônia deve continuar com os participantes cantando e dançando em volta da fogueira de Beltane. Se você está celebrando solitariamente, coloque o mastro dentro do caldeirão em chamas e repita o mesmo procedimento do ritual coletivo: cante, dance .


Correspondências de Beltane

Frutas e plantas
Amêndoa, angélica, freixo, margarida, olíbano, hera, mal-me-quer.
Frutas e plantas
Alimentos vindos ou derivados do leite, creme de cravo-de-defunto, sorvetes de
baunilha, bolos de aveia.

Trace o círculo ritualisticamente

Não comentem aos quatro ventos, Porque os profanos não compreenderiam, Mas nós estaremos nos bosques todas as noites, Clamando por boas noticias, Para mulheres, gado e plantações, Pois o Sol está vindo do sul
Com o carvalho espantando o cinza
Deverá ser procedido o Maypole ou a passagem (pulo) sobre/entre o fogo. Duas
tochas podem ser acesas, formando um portal de purificação.
Deve-se proceder o Grande Rito, com toda a emoção.
Destraçar o círculo.


Litha ou Solstício de Verão
(21 de Junho - Hemisfério Norte) e (21 de Dezembro - Hemisfério Sul)
Pequeno Sabá, celebrado no dia 21 de dezembro, marca o Solstício de Verão, conhecido também como Alban Hefin, Alban Heruin ou a Luz do Verão. É o êxtase máximo da união sagrada, quando o Sol finalmente atinge o seu apogeu e a natureza encontra-se plena de poder e magia, abençoada pela gestação da Deusa.

Em Litha, a Deusa mostra toda a sua beleza como a rainha do verão e o Deus, na sua força máxima, começa a caminhar rumo ao Outro Mundo. Os dias ainda são mais longos que a noite, período propício para realizar magia de todos os tipos.

Litha significa pedra e nas tradições pagãs costuma-se pular, novamente, fogueiras para a purificação, para aumentar a fertilidade, a saúde e o amor.

Aproveite esse ritual para fazer oferendas ao Povo das Fadas, pedindo-lhes conhecimento, inspiração e sabedoria. Enfeite seu altar com girassóis, frutas frescas e ervas secas como: lavanda, camomila, verbena ou qualquer erva específica do meio de verão.

Procure sentir toda a energia elemental da natureza fluindo através do seu corpo. Este Sabá é proprício para renovar todas as energias tanto da casa, como das pessoas. Além de ser uma época ideal para a prática de jogos recreativos e piqueniques em família.

Litha é a materialização de todas as nossas esperanças, onde projetos, sonhos e desejos lançados na época do plantio começam a dar seus frutos, conforme o seu merecimento, tornando-se realidade. Celebre e agradeça aos Deuses por mais este ciclo de expansão. Que assim seja!

Correlações:

- Arquétipos: festas juninas e midsummer, a noite das fadas e da magia.
- Símbolos: velas amarelas, vermelhas e laranja, girassol e símbolos solares.
- Incensos: alecrim, louro ou pinho.
- Alimentos: sucos cítricos, frutas frescas e hidromel.

Saudação a Green Man

Louvado seja o Deus da fertilidade e da liberdade,
Aquele que dirige sabiamente os animais,
Os bosques e os campos verdes de infinita beleza.
Senhor dos espíritos da natureza,
Circunde de luz a terra sagrada,
Muito além do outro mundo,
Onde as fadas fazem sua morada,
Para o deleite de nossas almas cansadas.
Homem Verde, que regenera e fertiliza a mãe terra,
Aquele que é guiado pelos ventos da transformação,
Forjado pelo fogo ardente das paixões
E moldado pela água mais pura e cristalina.
Ser sagrado das folhas verdes do carvalho,
Ouça o chamado da tua Deusa,
Preserve junto de ti os antigos rituais,
Na divina sabedoria dos nossos ancestrais.
Resgate o amor e a esperança
Nos corações de todas as criaturas,
Nessa mais bela sincronia do universo
Faça valer o código da verdade, para o bem de todos.
Que assim se faça! Bênçãos plenas...
Primeiro dia do verão (Solstício do Verão).
Em 2009, no Hemisfério Sul, ocorre no dia 21/Dez às 14h47min (Horário de Brasília, não considerando o Horário de Verão).
O Solstício do Verão (ou Meio do Verão, Alban Hefin ou Litha), também conhecido como Dia de São João, na Europa, marca do dia mais longo do ano, quando o Sol está no seu zênite. Para os Bruxos e os Pagãos, esse dia sagrado simboliza o poder do sol, que marca um importante ponto decisivo da Grande Roda Solar do Ano, pois, após o Solstício do Verão, os dias se tornam visivelmente mais curtos.

Em certas tradições wiccanas, o Solstício do Verão simboliza o término do reinado do ano crescente do Deus Carvalho, que é, então, substituído pelo seu sucessor, o Deus Azevinho do ano decrescente. (O Deus Azevinho reinará até o Sabbat do Inverno do Natal, o dia mais curto do ano.)

O Solstício do Verão é uma época tradicional, em que os Bruxos colhem as ervas mágicas para encantamentos e poções, pois acredita-se que o poder inato das ervas é mais forte nesse dia. é o momento ideal para as divinações, os rituais de cura e o corte de varinhas divinas e dos bastões. Todas as formas de magia (especialmente as do amor) são também extremamente potentes na véspera do Solstício do Verão, e acredita-se que aquilo que for sonhado nessa noite se tornará verdade para quem sonhar.
ritual de Litha

Material necessário:
Caldeirão
Três velas vermelhas
Uma pedra de rio
Cálice com vinho
Álcool de cereais
Canela em pau

Procedimento:
Coloque as três velas vermelhas em forma de um triângulo, que aponte para cima.
Ponha o Cálice no meio do triângulo de velas.
Trace o Círculo Mágico e diga:

O Senhor do Sol abençoa nossa Terra
com seus raios e nos protege com a sua dança.
Que Ele abençoe os solos para que as plantações amadureçam.

Ao acender cada uma das velas, diga:
Celebro a alegria do Sol e a sua luz que abençoa a Terra com alegria e amor.
A cada vela acesa faça um pedido à Deusa e ao Deus.
Eleve a Taça, dizendo:
Este é o verdadeiro Graal da sabedoria e inspiração
e ventre condescendente da Deusa
e de suas águas fertilizadoras.

Dentro do Caldeirão derrame um pouco de vinho com um pouco de canela em pau e álcool e acenda.
Segure a pedra por alguns instantes e transfira a ela todos os seus medos, rancores e aquilo que para você atrapalha o seu sucesso e progresso.
Deixe a pedra aos pés do Caldeirão e pule-o, dizendo:

Com este pulo eu me liberto de todas as coisas que impedem o meu avanço.
Beba um pouco de vinho e faça uma libação, dizendo:
Eu bebo este vinho em honra ao Deus Sol e à Deusa Terra.
Dance e cante em homenagem aos Deuses.
Destrace o Círculo.


Ritual do Sabbat Litha para solitários
Em um papel grosso de cor amarela, desenhe (ou recorte na forma) de um símbolo do Deus. Pode ser um triângulo com a ponta para cima, chifres, runas, enfim, o símbolo que represente-o melhor para você.

Depois, coloque três velas amarelas sobre este símbolo e o seu cálice com vinho (ou suco, ou água) entre as velas, também sobre o símbolo.

Lance o círculo da maneira como está habituado e diga algo como:

Que o Deus fertilizador abençoe os solos para que as sementes amadureçam!
O Sol enche a Terra com seus raios e nos prepara para mais uma dança.

Acenda cada uma das velas, e a cada uma acendida faça um pedido aos deuses. Medite sobre os aspectos relacionados a este período do ano e pense em tudo o que é abençoado em sua vida. Em seguida, eleve o seu cálice e diga:

Aqui está o ventre da Deusa, o grande Graal e a água fertilizadora!

Jogue um pouco de canela (ou outra erva solar) dentro do seu caldeirão e ateie fogo com um pouco de álcool (tome cuidado!). Siga uma das antigas tradições pagãs que era a de pular uma fogueira para afastar os maus espíritos: pule sobre seu caldeirão, deixando toda a negatividade para trás. Mentalize todas as coisas boas que agora entrarão em sua vida.

Beba um gole do conteúdo do seu cálice, fazendo uma libação, enquanto diz:

Eu bebo este vinho em honra da Grande Mãe e do Grande Pai, o Sol.

Você pode continuar a celebração dançando, cantando, lendo poesias para os deuses. Quando achar que já está bom, encerre o círculo.

Correspondências de Litha

Essências e ervas: Camomila, lavanda, pinho, rosas, cravo, samambaia, margarida, lírio e hera
Comidas típicas: Frutas secas e vinho doce
Cores: Verde, azul e laranja
Deuses: Mercúrio, Thor, Cernunnos e Deusas grávidas
Frutas: Abacaxi, carambola e banana
Incensos: Mirra, rosa, olíbano e pinho

Atividades
Pular uma Fogueira, um Caldeirão com chamas ou uma vela.

Pintar Runas e outros símbolos mágicos em pedaços de madeira, conchas, papel, pedras; consagrá-los e pendurá-los em suas portas e janelas para proteção.
Colher ervas e plantas mágicas nesse dia.
Fazer um Bastão Mágico.
Fazer uma Cruz Solar e pendurá-la no seu jardim ou porta, decorá-la com elementos da Natureza.
Fazer uma Coleira de Bruxa (Witch’s Ladder) que represente a necessidade que você precisa alcançar.
Acender velas, fazer oferendas e libações ao Povo das Fadas.
Pendurar ervas na lareira, sala e cozinha para secarem.

Fazendo um Roda Solar
A Roda Solar é utilizada desde tempos remotos como símbolos do Sol.
É especialmente feita em Litha para representar o apogeu do Sol e colocada na Natureza como oferenda aos elementais ou pendurada em nossa casa como um amuleto protetor.
Para fazer uma Roda Solar você vai precisar de: ·

Galhos e ramos maleáveis,
Fitas e símbolos mágicos relacionados à proteção.

Entrelace os ramos maleáveis fazendo uma circunferência.
No interior dessa circunferência estabeleça uma linha vertical, utilizando mais galhos e ramos. Faça uma linha horizontal, cruzando a vertical, formando assim uma cruz de braços iguais dentro da circunferência.
Enfeite sua Roda Solar com as fitas e os símbolos escolhidos.
Pendure-a em uma árvore, numa porta ou parede de sua casa, enquanto diz:

Pelo Terra e pelo Ar,
Pelo Fogo e pela Água,
Esta Roda Solar será pendurada.
Que Ela possa me proteger e todo o mal afastar
E que a Deusa e o Deus possam me abençoar.
Pela força e pela Magia e pelos poderes das Graças,
Que assim seja e que assim se faça!

Lammas ,Lughnasad ou Festa da Colheita
(01 de Agosto - Hemisfério Norte) e (01 de Fevereiro - Hemisfério Sul)

dia primeiro de agosto ou a primeira lua cheia de leão. É um festival de pré-colheita, o ponto de virada da Mãe Terra. As últimas ervas são colhidas. É uma celebração em homenagem ao casamento do Deus Lugh com a Mãe Terra.
Lughnasad era tipicamente uma festa agrícola, onde se agradecia pela primeira colheita do ano. Lugh é o Deus Sol. na Mitologia Celta, ele é o maior dos guerreiros, que derrotou os Gigantes, que exigiam sacrifícios humanos do povo. A tradição pede que sejam feitos bonecos com espigas de milho ou ramos de trigo representando os Deuses, que nesse festival são chamados Senhor e Senhora do Milho. Nessa data deve-se agradecer a tudo o que colhemos durante o ano, sejam coisas boas ou más, pois até mesmo os problemas são veículos para a nossa evolução. O outro nome do Sabá é Lammas, que significa "A Massa de Lugh". Isso se deve ao costume de se colher os primeiros grãos e fazer um pão que era dividido entre todos. Os membros do Coven devem fazer um pão comunitário, que deverá ser consagrado junto com o vinho e repartido dentro do círculo. O primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço de pão devem ser jogados dentro do Caldeirão, para serem queimados juntamente com papéis, onde serão escritos os agradecimentos, e grãos de cereais. O boneco representando o Deus do milho também é queimado, para nos lembrar de que devemos nos livrar de tudo o que é antigo e desgastado para que possamos colher uma nova vida.
Porém a parte mais importante desse dia é que é momento de cobrar a dívida com rituais de destruição, maldições e vingança.
A pessoa ou o grupo de pessoas que tem sido um obstáculo e uma malefício terá hoje um dia especial para receber a vingança a moda Wiccan, Por meio de rituais seremos o lei do três voltando para quem a quebrou, só desta forma estaremos livre de mal retornos. Rituais especificos serão dados mais adiantes porem devem sempre ser usados com a consciencia da justiça, ou o feitiço voltará para você multiplicado por três. O Altar é enfeitado com sementes, ramos de trigo, espigas de milho e frutas da época.
Esse sabá, que ocorre entre o Solstício de Verão (Litha) e o Equinócio de Outono (Mabon), festa da primeira colheita, uma época de agradecimento aos Deuses por tudo o que colhemos. Agradece-se ao que foi bom e também ao que pareceu ruim, pois na religião Wicca crê-se que tudo o que acontece na vida faz parte no caminho evolutivo de cada um.

O nome Lughnasadh veio duma festa agrícola típica dos Céltico. Uma festa da colheita em honra ao deus céltico do Sol: Lugh (o maior guerreiro dentre os celtas, pois derrotou os gigantes que exigiam sacrifícios humanos).

Já o nome Lammas significa "Missão do Pão (loaf Mass)", que representa o alimento (geralmente pão ou bolo ou qualquer outra massa) feito com os grãos, que representam a colheita, e repartido (como alimento sagrado) entre os membros do coven ou da família ou mesmo entre amigos. Este nome vem do costume medieval de levar os primeiros pães (bolos, etc) para uma celebração.
Época ideal para agradecermos todas as nossas colheitas, sejam elas boas ou não, pois sabemos que tudo é necessário para o nosso crescimento espiritual. A festa de Lugh marca o tempo da colheita e dos casamentos cujo acordo durava um ano e um dia, podendo renovar-se todos os anos nessa mesma época.

Lughnasadh significa "A massa de Lugh". Isso se deve ao antigo costume celta de colher os primeiros grãos para se fazer um grande pão, que depois seria dividido entre as pessoas do povoado. Outra parte da colheita seria guardada e usada como sementes na próxima primavera, garantindo assim, a renovação da vida. O primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço de pão devem ser jogados dentro do caldeirão juntamente com papéis, onde serão escritos seus agradecimentos.

Durante este festival honramos, também, a mãe adotiva de Lugh, Taltiu, que morreu depois do grande esforço que fez para limpar a planície central da Irlanda, preparando a terra para o cultivo, metáfora ao sacrifício que a Grande Mãe faz todos os anos, para que o ciclo da colheita se perpetue.

Amuletos e talismãs antigos deverão ser queimados neste ritual, onde simbolicamente nos livramos de tudo aquilo que está velho e desgastado, pois a vida se torna morte e a morte se torna vida, o ciclo eterno da criação.

Mesmo não plantando e nem colhendo mais o nosso alimento, lembre-se que tudo foi semeado e produzido nos campos da Grande Natureza. Então, agradeça sempre aos Deuses pela fartura e abundância de nossas vidas. Neste festival, enfeite seu altar com sementes, ramos de trigo, espigas de milho e frutas da época. Bênçãos plenas!

correspondencia de Lammas

Incensos: aloé, rosa e sândalo.
Cores das velas: laranja e amarela.
Pedras preciosas sagradas: aventurina, citrino, peridoto e sardônia.
Ervas ritualísticas tradicionais: flores da acácia, aloé, talo de milho, ciclame, feno grego, olíbano, urze, malva-rosa, murta, folhas do carvalho, girassol e trigo.

Ritual de Lammas
Material necessário:
Ramos de trigo
Pães de vários tipos
Taça com vinho
Velas amarelas
Frutas como melão, bananas e abacaxi
Incenso de sândalo
Caldeirão
Álcool
Papéis com pedidos escritos
Bastão
Procedimento:
Coloque o Caldeirão ao centro do local onde você vai realizar o rito. Espalhe as velas por todo o cômodo.
Coloque as frutas, os pães, os ramos de trigo e algumas velas sobre o altar. Acenda os incensos e consagre o círculo mágico de forma usual. Despeje o álcool no interior do caldeirão e acenda-o, então diga:

"Que neste dia sagrado, onde Lugh é homenageado os meus (nossos) anseios e desejos se realizem"

Pegue o Bastão, toque o chão e depois eleve-o aos céus girando no sentido horário dizendo:

"Que as sementes germinem, que o solo se fortaleça e torne-se fértil. Que a vida seja festejada e louvada pelo nome de Lugh, o Deus Sol, o iluminado e encantado"

Comece à girar o bastão em torno do caldeirão no sentido horário, com o papel dos pedidos em sua mão. Mentalize a concretização dos seus objetivos e acredite que todos os pedidos que foram escritos no papel se realizarão. Se mais pessoas estiverem presentes, peça para que façam o mesmo.
Quando sentir que sua consciência encontra-se alterada e que seu interior brota um profundo entusiasmo, jogue os papéis com os pedidos no caldeirão, dizendo:

"Nesse fogo, possam meus desejos se elevarem. O fogo é símbolo da transmutação e da purificação. Que através de seu poder tudo em minha (nossa) vida seja ativado para o meu (nosso) bem e de todos da Terra!"

Olhe profundamente no fogo que arde no caldeirão, mentalizando com profundidade tudo aquilo que você quer.
Pegue a taça com o vinho e eleve-a ao céu, dizendo:

"Oh, poderoso Lugh, que esta libação seja feita em sua homenagem"

Tome um pouco do vinho e derrame-o no chão.
Vá até o Altar, eleve o bastão e toque-o nos pães e frutas. Reparta os pães e divida entre todos os presentes, se houverem. Caso contrário, coma um pouco da alimentação, meditando sobre o significado do ritual.
Desfaça o círculo mágico, agradecendo aos Deuses.

Os ramos de trigo devem ser oferecidos às pessoas queridas, para que sirvam de amuleto. Oriente-as à guarda-los na carteira.

Rituais para solitários
Arrume o seu altar de acordo com a celebração. Coloque seu caldeirão no centro com quatro velas laranjas ao redor (representando os quatro sabbats da colheita). Acenda um incenso de acácia, menta, musgo de carvalho ou outras folhas. Coloque ramos de trigo e grãos de aveia sobre o altar, junto com um pão feito por você (se não conseguir fazer, qualquer outro pão caseiro serve). O cálice deve estar com vinho ou suco de uva (o que você achar melhor).

Lance o círculo da maneira que está acostumado e diga a seguinte exortação:

Hoje festejamos a primeira colheita
É dia de celebrar o pão que sustenta a todos
Que a fartura da Terra seja abençoada

Acenda as quatro velas, agradecendo aos deuses da colheita por tudo o que você colheu ultimamente. Pegue um papel e faça o desenho de um boneco, que representará o Deus. Não precisa ser nenhum virtuoso em desenho; o que vale é a intenção.

Sobre o papel, despeje três grãos de milho, três grãos de trigo e três grãos de aveia. Em seguida, feche o papel, fazendo uma espécie de pacotinho com as sementes.

Despeje um pouco de álcool no caldeirão (tome cuidado) e jogue o pacote dentro. Diga:

O Deus dos grãos se sacrifica para trazer vida ao seu povo
Mas em cada semente sua há a promessa do renascimento
Abençoado seja o mistério da vida presente em cada uma das sementes

Eleve o cálice e diga:

Eu bebo este vinho em homenagem ao Deus da fartura e abundância, o grãos renascido, e à Deusa da colheita, que mantém toda a vida.

Beba o conteúdo do cálice, fazendo uma libação aos deuses. Cante, dance, leia poemas em voz alta. Quando terminar, agradeça aos deuses e aos quadrantes e desfaça o círculo.

Mabon Equinócio de Outono

(21 de Setembro - Hemisfério Norte) e (21 de Março - Hemisfério Sul)
A Roda do ano girou mais uma vez, e chegou a época da transformação.

As folhas ganham novos tons e preparam-se a cair com o balançar do vento. Com elas caem as sementes que ficarão preservadas na terra húmida durante o Inverno, para dar inicio a novas gerações com o regresso do bom tempo.
É a época de hibernação para alguns animais e toda a natureza acalma-se gradualmente.
Dia e noite estão em equilíbrio, mas, no entanto a partir desta data o véu entre os mundos começa a separar-se ligeiramente e a escuridão começa a dominar a luz. Assim relembra-nos que começamos a nossa jornada pelo ponto mais escuro do ano e que a morte é sempre seguida do renascimento, assim como depois da chuva, vem o bom tempo, ou que depois do Inverno vem sempre a primavera numa dança continuamente infinita.
Celebramos agora com alegria as dádivas com que os Deuses nos presentearam, colheitas fartas e o maravilhoso ano de aprendizado e lições oferecidas. Por estas bênçãos mostramos nossa gratidão aos Deuses com um banquete abundante, cheio de frutas, legumes, pão, bolos, doces, caças, vinhos e cidras, tudo o que a Terra nos presenteou é lhe retribuído em agradecimento. Fazem-se libações em honra dos Deuses.
Fazem se as ultimas colheitas, e armazenam-se para o Inverno, limpam-se as valas da água para que as chuvas não empossam, amontoam-se as pilhas de lenha para que não se molhem e abençoam-se as portas da casa para protegerem aqueles que nelas vivem.
Começamos a prepararmo-nos para o tempo de repouso e de introspecção é hora de meditar sobre os projectos, a escolha das “sementes”
(os nossos sonhos) que serão plantadas no próximo ano.
Pomos de parte tudo o que tem obstruído a nossa evolução, banir maus hábitos e tudo o que seja desnecessário em nossa vida, que nos oculta e impede de alcançar aquilo que queremos.
É necessário perceber que tudo tem o seu devido tempo.
Esse sabbat (Sabá no Brasil), que ocorre entre o Primeiro festival da colheita (Lughnasadh) e o Ano novo pagão (Samhain), marca o início do outono, dia santo pagão de descanso da colheita e comemoração, uma época de agradecimento aos Deuses por tudo o que foi colhido e caçado. É uma época de equilíbrio, onde o dia e a noite têm a mesma duração.
Este é o dia de ação de graças do paganismo. Data onde os pagãos honram o Deus em seu aspecto de semente e a Grande Mãe em seu aspecto de Provedora.
O nome Mabon veio de um deus Celtas (também conhecido como Angus), o Deus do Amor. Esta é a ocasião ideal para pedirmos por todos aqueles que amamos, além de todos os que estão doentes ou velhos.
Época de Transformação
O Outono e as suas cores indicam-nos uma transformação. Tudo muda para se preparar para o Inverno, Devemos como ele modelar-nos enriquecer o nosso ser com tudo o que o ano nos trouxe até a data e o que podemos modificar para concluir o ciclo em Shawein e reiniciar um novo ciclo.

O Nome para esta ultima meditação do ano é o Caldeirão de Cerrydwen
Toda a arte implica transformação e para poder fazer arte, nós mesmos devemos nos transformar. Viver conscientemente é um acto criativo, no qual cada dia é uma tela a ser pintada, o nosso metal a ser forjado, a nossa música a compor…

De uma certa forma, Gwion, (“ O Brilhante”), representa o Sol que é “engolido” pela noite que se estende com a chegada do Inverno. Ele surge do mar como o do “Fronte Luminoso” do Sol, nos primeiros dias do verão em Beltane.

No nosso ser interior, Gwyon representa a nossa essência, que se manifesta por uma luz brilhante. O nosso “Eu” pessoal gira a volta da luz no centro de nosso ser, como a Terra gira em volta da orbita solar.

A morte e o renascimento de Gwyon, como poeta vidente, evocado nos rituais de iniciação nas escolas dos mistérios no fim da antiguidade, onde o aprendiz descia ao reino da Grande Deusa, que recebe o espírito dos mortos e lhes concede uma nova vida.

Levam-nos a Cerrydwen. O seu caldeirão, sua matriz, e o oceano, são recipientes de regeneração, dos quais o simples camponês emerge para ser Taliesin, bardo e vidente. O pescador que o encontra trouxe na realidade um peixe na sua rede: o jovem Gwyon renasceu como um ser omnisciente do Outro Mundo - o Salmão da sabedoria.
Frequentemente a nossa vida é transformada com acontecimentos inesperados, tal como Gwion, quando ingeriu acidentalmente a algumas gotas da poção mágica.

É então quando Cerrydwen, guardiã do caldeirão das transformações, começa a perseguir-nos, forçando-nos a adaptarmo-nos e transformarmo-nos em uma nova pessoa, pondo á prova a ideia de “pessoa” que tinhamos de nós mesmos ate agora.

Uma união que acaba, um emprego que se perde… subitamente o pilar que sustenta a nossa identidade quebra-se e talcomo Gwion, somos mergulhados na matriz da Deusa para sermos recriados, remodelados.

Acenda uma vela branca para o guiar e proteger nesta meditação e coloque no centro do altar o caldeirão. (Caso não tenha opte por o cálice ou uma taça também serve.) Se preferir ponha um pouco de incenso a queimar. Tenha perto de si um papel e uma caneta.

Sente-se confortavelmente frente ao seu altar. Pense em algo da sua vida que gostaria de transformar. Pode ser um sentimento, uma situação, uma relação, um hábito, ou o que quer que seja que queira regenerar.

Escreva-o sobre um pouco de papel e guarde-o no seu colo enquanto se prepara para a jornada ao encontro de Cerrydwen, Mãe das Mudanças e das transformações.

Então feixe os olhos e relaxe…
Encontra-se numa linda pradaria aquática perto do lago de Bala. A Oeste, um sol alaranjado começa a pôr-se, e silhuetas de garças e outras aves voam frente a ele, procurando os seus ninhos entre os juncos.

Do outro lado do lago entre as sombras distantes esbate-se a sombra de uma pequena casa circular, com um telhado cónico por onde sai um fio de fumo.

Caminha entre o lago e dirige-se para a casa. Ao aproximar-se apercebe-se que alguém esta a porta. Um Jovem mal vestido, de sobrancelhas muito escuras, talvez com idade entre os 16 anos. Sobre o seu ombro está um corvo empoleirado, e então percebe que tem a sua frente o filho de Cerrydwen, Morfran.

Ele levanta silenciosamente as peles que servem de porta e você entra.

A Primeira coisa em que repara é na luz fraca vacilante e nas sombras nas paredes, revelando ramos de ervas suspensos no telhado de colmo e de vez em quando percebe ver estantes com preciosas pilhas de livros amontoados, frascos de vidros e objectos de formas estranhas, reconhecendo algumas, mas outros aos quais não consegue atribuir nomes.

Encontra a sombra de uma pessoa inclinada e dirigindo o olhar para o centro da divisão e apercebe-se de que se trata de uma mulher alta de meia-idade, que mexe o conteúdo de um caldeirão fumegante. Ela tem uma saia carmesim, comprida até aos pés e duas tranças espessas, uma preta a outra branca. Ao seu lado encontra-se a sua filha, Crearwy, linda e esbelta, com cerca de 16 anos, com cabelos loiros ondulados sobre os ombros.

Cerrydwen ergue-se e lança-lhe um olha directo e pergunta-lhe bem frente a si:
“O que pretendes tu transformar?”, fazendo-lhe sinal para que se dirija para perto do caldeirão. Você vai até perto dela com o papel no qual escreveu a sua vontade e ela diz-lhe para que o deite no caldeirão fumegante.

(Então nesta altura você pega no papel e coloca-o dentro do caldeirão, (do cálice ou da taça) que se encontra no centro do seu altar. E volta a fechar os olhos).

Enquanto o papel desaparece no líquido que o caldeirão contém, este começa a borbulhar com um assobio. Então você espreita e vê bolhas a formarem-se e a arrebentarem no superfície do caldeirão e gotas cintilantes salpicarem a sua volta e então o borbulhar acalma e o liquido volta á serenidade.
Cerrydwen sorri e leva-o até ao caldeirão. A superfície esta clara e pensativa e consegue ver imagens da situação transformada…
Note no que está diferente… como você está, como agem os outros à sua volta, o que você diz, o que pensa e sente, tome consciência da diferença das atitudes, da ressonância da nova vibração ao percorrer uma nova existência…

aça uma longa pausa reflicta bem nisto tudo...

A jovem aproxima se de si, segurando na mão um cálice prateado minuciosamente gravado com aves.
Cerrydwen mergulha uma concha dentro do caldeirão e verte um pouco da poção dentro do cálice que a sua filha lhe entrega dizendo:

“ Este é o Elixir do Awen, possas tu ser transformado(a)”.
Você bebe e sente-se ficar renovado(a), fresco, cheio de um sentimento de esperança para o futuro e empenhado na mudança positiva.
Agradece ás duas mulheres e dirige-se para a porta, que Morfran abre. Agradece-lhe igualmente e enquanto se afasta toma cada vez mais consciência de que está aqui sentado(a), neste mesmo local, neste mesmo espaço de tempo cada vez mais consciente, abre os olhos e sente-se renovado(a) e desperto(a).
Deixe a vela arder até ao fim, aponte tudo o que sentiu e o acontecido nesta viagem. No dia seguinte, se possível dirija-se até a um rio e ofereça algo em agradecimento a cerrydwen pela mudança que lhe concedeu.

Correspondencias de Mabon
Plantas e frutos: Flores de acácia, benjoim, madressilva, malmequer, mirra, folhas e cascas de carvalho.

Comidas típicas: Maçãs, nozes, castanhas, amêndoas, milho, amoras pretas, jabuticabas, cravo, além de pães, tortas e outros pratos feitos a partir dos frutos da estação.

Bebidas típicas: Vinhos, cervejas, sidras, além de sucos e outras bebidas preparadas a partir dos frutos da estação (em especial a maçã).
Incensos: cravo, patchouli, mirra, maçã, benjoim e sálvia.
Cores: marrom, verde, laranja e amarela. (Cores outonais no geral).
Pedras: cornalina, lápis-lázuli, safira e ágata amarela.

ritual de Mabon para solitários
Caminhar por um bosque ou jardim antes da celebração é particularmente agradável para nos sintonizarmos com o ciclo da Mãe Natureza e aproveitar para colher algumas folhas secas que usaremos para o ritual desta noite.

As folhas serão colocadas dentro de uma cesta e deixadas no Altar por algumas horas; fazendo isto atrairemos para dentro de casa a energia desta época do ano.

Quando começar com o ritual pegue a cesta e caminhe lentamente em sentido horário ao redor do círculo espalhando as folhas e dizendo:

“Quando as folhas caem, e os dias tornam-se frios
Quando a Deusa espalha seu manto de terra ao seu redor,
Você, Grande Deus do Sol vai navegando para o Oeste,
Para as terras do eterno descanso
Envolvendo-se na fresca brisa da noite.

Mas nesse momento quando as sementes caem e as frutas amadurecem,
Nesse momento quando as horas do dia e da noite equilibram-se,
E os ventos frios sopram desde o Quadrante Norte.
Nesse momento em que o poder da Mãe Natureza aparentemente diminui,
Sei que a vida continua,
Porque a primeira é impossível sem a segunda colheita,
Assim como a vida é impossível sem a morte.
Bênçãos sejam derramadas sobre Você, Deus do Sol, enquanto viaja
Para as terras do inverno e para os amorosos braços da Deusa”.

Volte então ao Altar, deixe a cesta e levante os braços dizendo:

Abençoada Deusa de toda a fertilidade,
Eu plantei e colhi os frutos de minhas ações,
Peço que Você me de o valor
Para sempre semear sementes de alegria e Amor no ano vindouro,
Desterrando tudo o que é negativo de minha vida.
Ensina-me os segredos da existência sabia sobre este planeta
Oh Luminosa da Noite!

Depois disto sente-se e medite sobre o envelhecimento e a morte, pois isto é necessário para o renascimento.

Normalmente não se realizam trabalhos mágicos durante os Sabaths, pois estas celebrações já o são em si mesmas, e por isso podemos simplesmente festejar para honrar a Deusa e o Deus.

No momento antes de consumir os alimentos e as bebidas dizemos uma prece de agradecimento:

“Agradecemos á Deusa e ao Deus por este sinal de uma boa colheita, e ao desfrutar dos frutos do meu trabalho, a colheita de nossa vida, peço que nunca esqueçamos daqueles que ainda não são fortunados, para que a través de nossa consciência e de nossos pedidos a Ti, Grande Mãe e ao Teu Consorte, O Deus, todos sejamos abençoados, prósperos e plenos das Tuas dádivas”.

Que Assim Seja!

E A RODA CONTINUA GIRANDO.....
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